Mesmo com os baixos índices de área atingida por queimadas no ano de 2025, os esforços para conservação do Pantanal e a prevenção dos incêndios florestais não param. Agora, duas instituições se uniram ao trabalho de manutenção de uma brigada ambiental na região: o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Onçafari.
A parceria resulta em atividades em uma área de mais de 285 mil hectares entre o território de Aquidauana, Paiaguás (Corumbá) até Barão de Melgaço (MT).
A Brigada do Pantanal, criada pelo IHP, em 2021, vem atuando com várias estratégias para a prevenção de incêndios, como ações de educação ambiental, recuperação de áreas atingidas pelo fogo, além de apoio a comunidades em território atingidas na divisa entre Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Bolívia, onde fica a Serra do Amolar.
“Para o Onçafari, a conservação não se faz sozinha. A parceria com o IHP, na frente anti-incêndio, é um exemplo claro de como a colaboração entre instituições pode fazer a diferença. Juntos, não apenas protegemos a rica biodiversidade do Pantanal como fortalecemos as ações de prevenção contra incêndios”, comenta Mario Haberfeld, CEO e fundador do Onçafari.
De acordo com o diretor presidente do IHP, Angelo Rabelo, a prioridade das ações de prevenção aos incêndios florestais precisa ser feita com um conjunto de ações e esforços das instituições.
“O compromisso do IHP é com a preservação do Pantanal e proteção da sua biodiversidade e compartilhamos esses esforços com os objetivos que a Onçafari também já vem desenvolvendo no território. São instituições irmanadas para lutar pelo futuro do nosso Planeta.”
Historicamente, o período mais perigoso para o risco de fogo no Pantanal é entre agosto e outubro, devido ao tempo seco. No entanto, a parceria entre o IHP e a Onçafari já permitiu que a Brigada realizasse o plantio de mudas e reconhecimento de áreas para avaliação de riscos.
Nesse período crítico, as atividades são mais intensificadas e seguem até o final do ano.
Pantanal
Entre 2020 e 2024, o Pantanal enfrentou o seu período de maior seca em mais de 120 anos. No ano passado, o nível do rio Paraguai alcançou a marca de -069 cm de acordo com a Marinha do Brasil, em Ladário.
Durante as estiagens, o risco de incêndios florestais sofre aumento significativo. Em 2020, o fogo consumiu cerca de 26% do território pantaneiro e, em 2024, as chamas atingiram cerca de 17% do bioma.
Felizmente, como já trouxe o Correio do Estado, em 2025, a área queimada no território, dividido entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, chegando a menos de 1%. Com relação aos focos de calor, houve a maior redução desde 1998 e as incidências foram quase zeradas.
Até agora, são 15.512 mil hectares atingidos. Desde o início do levantamento, o menor acumulado era de 2018, quando foram 198.842 mil hectares acometidos pelo fogo
Com informações do Correio do Estado
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.