Publicado em 22/08/2025 às 11:01, Atualizado em 22/08/2025 às 08:58
O Instituto Homem Pantaneiro e Onçafari são parceiros desde 2021 e, juntos, unem forças para prevenção ao incêndio ambiental na região
Mesmo com os baixos índices de área atingida por queimadas no ano de 2025, os esforços para conservação do Pantanal e a prevenção dos incêndios florestais não param. Agora, duas instituições se uniram ao trabalho de manutenção de uma brigada ambiental na região: o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Onçafari.
A parceria resulta em atividades em uma área de mais de 285 mil hectares entre o território de Aquidauana, Paiaguás (Corumbá) até Barão de Melgaço (MT).
A Brigada do Pantanal, criada pelo IHP, em 2021, vem atuando com várias estratégias para a prevenção de incêndios, como ações de educação ambiental, recuperação de áreas atingidas pelo fogo, além de apoio a comunidades em território atingidas na divisa entre Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Bolívia, onde fica a Serra do Amolar.
“Para o Onçafari, a conservação não se faz sozinha. A parceria com o IHP, na frente anti-incêndio, é um exemplo claro de como a colaboração entre instituições pode fazer a diferença. Juntos, não apenas protegemos a rica biodiversidade do Pantanal como fortalecemos as ações de prevenção contra incêndios”, comenta Mario Haberfeld, CEO e fundador do Onçafari.
De acordo com o diretor presidente do IHP, Angelo Rabelo, a prioridade das ações de prevenção aos incêndios florestais precisa ser feita com um conjunto de ações e esforços das instituições.
“O compromisso do IHP é com a preservação do Pantanal e proteção da sua biodiversidade e compartilhamos esses esforços com os objetivos que a Onçafari também já vem desenvolvendo no território. São instituições irmanadas para lutar pelo futuro do nosso Planeta.”
Historicamente, o período mais perigoso para o risco de fogo no Pantanal é entre agosto e outubro, devido ao tempo seco. No entanto, a parceria entre o IHP e a Onçafari já permitiu que a Brigada realizasse o plantio de mudas e reconhecimento de áreas para avaliação de riscos.
Nesse período crítico, as atividades são mais intensificadas e seguem até o final do ano.
Pantanal
Entre 2020 e 2024, o Pantanal enfrentou o seu período de maior seca em mais de 120 anos. No ano passado, o nível do rio Paraguai alcançou a marca de -069 cm de acordo com a Marinha do Brasil, em Ladário.
Durante as estiagens, o risco de incêndios florestais sofre aumento significativo. Em 2020, o fogo consumiu cerca de 26% do território pantaneiro e, em 2024, as chamas atingiram cerca de 17% do bioma.
Felizmente, como já trouxe o Correio do Estado, em 2025, a área queimada no território, dividido entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, chegando a menos de 1%. Com relação aos focos de calor, houve a maior redução desde 1998 e as incidências foram quase zeradas.
Até agora, são 15.512 mil hectares atingidos. Desde o início do levantamento, o menor acumulado era de 2018, quando foram 198.842 mil hectares acometidos pelo fogo
Com informações do Correio do Estado