2025 recem iniciou, mas já há 4 casos em investigação por suspeita de coqueluche. A doença apresenta uma alta incidência de notificações no estado desde o ano passado, que registrou 18 ocorrências. Quando comparado com 2023, ano em que houve 5 notificações de coqueluche, 2024 apresentou um aumento equivalente a 2,6 vezes ao número de 2023. A doença é considerada particularmente grave para recém-nascidos.
Segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), no ano de 2025 ainda não foram registrados casos confirmados da doença no Estado, mas já confirmou o registro de 4 casos em investigação.
Visando o combate à doença, a secretaria realiza ações de saúde pública para evitar altas notificações como as do ano passado. A SES, além de promover capacitações para os coordenadores da vigilância epidemiológica, promove campanhas de vacinação visando ampliar estratégias e conseguir uma ampla cobertura vacinal.
O reforço vacinal contra coqueluche é a única forma de prevenção contra a doença. O imunizante já está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde). A vacina é ofertada para as crianças na rotina de vacinação com a Pentavalente que é aplicada aos 2, 4 e 6 meses e reforço com a vacina DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche) aos 15 meses e 4 anos de idade da criança.
Já as gestantes recebem a vacina DTPa a cada gestação, a partir da vigésima semana de gestação – que também está disponível no SUS.
Transmissão
A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. A transmissão se dá por meio de gotículas eliminadas na tosse, fala ou espirro. Outra forma, menos frequente, se dá por objetos contaminados com secreções de infectados. O período de incubação é de cinco a dez dias, em média, mas pode variar de quatro a 21 dias.
No país, maioria das mortes foram em bebês com menos de 1 ano
Em 2024, o Brasil registrou o maior número de casos de coqueluche dos últimos nove anos, segundo dados do Ministério da Saúde. As notificações da doença aumentaram 2.702% em relação a 2023, com 5.998 casos confirmados, contra apenas 214 no ano anterior.
No ano passado, o Brasil também voltou a registrar mortes por coqueluche, totalizando 27 óbitos. O último registro de morte pela doença havia ocorrido em 2020, quando apenas um caso fatal foi notificado. A maioria das mortes ocorreu em bebês com menos de 1 ano, faixa etária em que a coqueluche é considerada particularmente grave.
Dentre os estados brasileiros, o do painel do Ministério da Saúde indica que Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideraram os aumentos percentuais nos casos da doença entre 2023 e 2024.
Por Ana Cavalcante
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.