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28/06/2020 às 15:04, Atualizado em 28/06/2020 às 11:32

OPAS alerta para necessidade de controlar dengue nas Américas durante a pandemia

A maioria dos casos de dengue nas Américas foi registrada no Brasil, com 1.040.481 casos, representando 65% do total.

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A maioria dos casos de dengue nas Américas foi registrada no Brasil, com 1.040.481 casos, representando 65% do total. Foto: Pixabay

Mais de 1,6 milhão de casos de dengue foram registrados nas Américas nos primeiros cinco meses de 2020, chamando a atenção para a necessidade de continuar eliminando os mosquitos vetores de doenças mesmo em meio à pandemia da COVID-19.

A maioria dos casos de dengue nas Américas foi registrada no Brasil, com 1.040.481 casos, representando 65% do total.

De acordo com a atualização epidemiológica da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) sobre dengue e outras arboviroses, "enquanto as medidas de distanciamento social estão em vigor, as famílias devem ser incentivadas a trabalhar juntas em suas casas e ao redor delas para se livrar da água parada, reduzir e descartar resíduos sólidos e garantir a cobertura adequada de todos os recipientes de armazenamento de água.

Essas medidas podem ser tomadas como uma atividade familiar".

Além dos 1,6 milhão de casos de dengue, foram notificados à OPAS 37.279 casos de chikungunya e 7.452 casos de zika.

Até agora, os números deste ano mostram uma queda relativa de 10% em relação ao mesmo período de 2019, que foi um ano epidêmico.

Até o momento, 580 pessoas morreram de dengue em 2020.

A maioria dos casos de dengue nas Américas foi registrada no Brasil, com 1.040.481 casos, representando 65% do total.

Outros países com números significativos são: Paraguai, com 218.798 casos (14%); Bolívia, com 82.460 casos (5%); Argentina, com 79.775 casos (5%); e Colômbia, com 54.192 casos (3%).

Altas taxas de incidência de dengue também foram notificadas em Honduras, México e Nicarágua, com menos números em outros países da América Central e do Caribe.

A atualização epidemiológica da OPAS também revela que "a pandemia da COVID-19 está pressionando imensamente os sistemas de saúde e gestão em todo o mundo.

Além do impacto da COVID-19, há uma necessidade crucial de sustentar os esforços para combater a dengue" e outras doenças transmitidas por mosquitos usando a Estratégia de Gestão Integrada para prevenir e controlar casos.

Essa estratégia abrange gestão, epidemiologia, atendimento ao paciente, laboratório, gerenciamento integrado de vetores e ambiente.

"As pessoas que têm sintomas de dengue, incluindo febre e dores de cabeça graves, devem procurar atendimento médico e estar alertas aos sinais de gravidade da doença, como vômitos persistentes, dor abdominal intensa e tontura", afirmou o chefe de doenças negligenciadas, tropicais e transmitidas por vetores da OPAS, Luis Gerardo Castellanos.

"Estar confinado em casa durante a pandemia também é uma boa oportunidade para limpar os criadouros de mosquitos. Isso inclui recipientes com água descoberta, pneus velhos e lixo com todos os recipientes que podem reter água.

Se todos agirmos sistematicamente para eliminar os habitats dos mosquitos, podemos dar um contragolpe na dengue, reduzindo o risco de transmissão", acrescentou.

Os países das Américas, segundo a atualização da OPAS, "são chamados a fazerem uso efetivo dos recursos disponíveis, pois os profissionais, equipamentos e suprimentos provavelmente serão direcionados para a resposta à epidemia da COVID-19 nos países".

O objetivo é "reduzir a transmissão e procurar identificar preditores precoces da doença grave da dengue no nível de atenção primária à saúde".

Em 2020, casos de chikungunya foram notificados em 11 países e territórios da região, com 95% dos casos no Brasil.

Casos de zika foram registrados este ano no Brasil, Bolívia e Guatemala em um nível muito mais baixo que 2016, quando a doença foi identificada (650 mil casos).

Fonte - ONU

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