O número de casos de dengue no Brasil passou de 1,6 milhão em 2023, um aumento de 17,5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (8). Até dezembro de 2022, haviam sido registrados 1,3 milhão de casos. O número de mortes também subiu: de 999 para 1.053 óbitos.
🚨 Alerta: Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás foram os lugares com maior incidência de dengue.
👉 Motivo para o aumento: De acordo com o ministério, "fatores como a variação climática, o aumento das chuvas, o número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento".
🦟 Estratégia de combate: a pasta informou que seis novas cidades irão receber mosquito que não transmite a dengue para tentar conter a doença.
O método Wolbachia será implementado em Natal, Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC).
Campo Grande (MS), Petrolina (PE), Belo Horizonte, Niterói (RJ) e Rio de Janeiro continuam no projeto.
Estimativas para 2024: a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta, Ethel Maciel, alertou para as estimativas sobre a dengue em 2024.
"O Centro-Oeste vai ficar em nível epidêmico. No Sudeste, atenção para Minas Gerais e Espírito Santo, com potencial epidêmico. No Sul, Paraná tem potencial muito alto. Já o Nordeste terá um aumento, mas abaixo do limiar epidêmico", disse.
Principais sintomas da dengue
Febre
Dor no corpo e articulações
Dor atrás dos olhos
Mal-estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo
Se identificar algum desses sintomas, a orientação é procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
💉 Vacina no SUS
Nesta semana, o Ministério da Saúde abriu uma consulta pública sobre proposta de incorporação no SUS de uma vacina contra a dengue, a Qdenga.
A Conitec já recomendou a inclusão do imunizante para localidades e grupos prioritários a serem definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), mas pede uma redução do preço pela fabricante, a Takeda Pharma.
Em nota ao g1, a Takeda informou que "está aberta para uma negociação de preço que viabilize a incorporação e o acesso da população elegível à Qdenga por meio do PNI".
A avaliação inicial favorável da Conitec, condicionada a uma adequada negociação de preços para a vacina ser usada na estratégia do PNI, nos dá certeza de que poderemos contribuir de modo ainda mais abrangente para o combate à dengue.
De acordo com a ministra, o processo de incorporação da Qdenga "poderá se constituir em uma alternativa importante para auxiliar no enfrentamento da doença, alinhada às demais estratégias já implementadas atualmente".
Fonte - G1
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