Mato Grosso do Sul se prepara para a campanha nacional de vacinação contra gripe, que foi antecipada em algumas semanas pelo Ministério da Saúde. O motivo é a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A Secretaria Estadual de Saúde prevê vacinar 1 milhão de pessoas.
Números de sexta-feira contabilizavam 22 mil doses que já haviam chegado, e até a segunda-feira (16), mais 70 mil vacinas serão enviadas. O volume milionário de doses será distribuído em 14 lotes.
A previsão é imunizar 902,2 mil pessoas em Mato Grosso do Sul. No ano passado, 91,23% do público-alvo foi vacinado. 328 pessoas foram diagnosticadas com o vírus Influenza A e sete com Influenza B. Desses casos, 68 pessoas morreram.
Assim como já é o padrão de outras campanhas, os idosos são uma das prioridades da imunização. Porém, a preocupação do ministério é a propensão que esse público tem para doenças respiratórias. Além dos idosos, trabalhadores da área da saúde serão vacinados.
Mesmo que a dose não previna o contágio do novo coronavírus, a medida deve facilitar os diagnósticos de Covid-19, já que ambas as doenças têm sintomas semelhantes. “Precisamos proteger os mais vulneráveis e os que estão na linha de frente no atendimento. É importante garantir que essas pessoas tenham acesso à informação para evitar filas nos postos de saúde. Nosso desafio é realizar a campanha com segurança e evitar aglomerações. O Programa Nacional de Imunizações do Brasil [PNI] está preparado”, explicou o secretário em Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira. A campanha começa no dia 23 de março.
ESTOQUES ZERADOS
Em meio aos casos de coronavírus que se espalham pelo Brasil e das primeiras suspeitas da doença sob investigação em Mato Grosso do Sul, os estoques de álcool em gel, máscaras e até vitamina C nas farmácias de Campo Grande estão zerados.
O presidente do Sindicato dos Proprietários de Farmácia (Sinprofar), Roberto Rosa, explicou ao Correio do Estado que o estoque geral de máscaras e álcool em gel acabou em questão de dois dias. Ele informou que as máscaras acabaram e que o álcool está em suas unidades finais. “Os pedidos para repor os estoques já foram feitos, mas a previsão de chegada é de uma semana”.
“O estoque acabou em menos de uma semana. Álcool em gel e máscaras acabaram, estamos sem”, disse a gerente Stefany Alves, que trabalha em uma farmácia no Centro. O estabelecimento já fez mais pedidos, mas ainda aguarda a chegada dos produtos.
Para usuários do transporte público, o ideal é higienizar as mãos logo após o desembarque, lavando-as ou aplicando álcool em gel.
Mesmo com o temor de aumento do número de casos, a médica infectologista Priscilla Alexandrino pediu que as pessoas fiquem tranquilas. “Acreditamos que em torno de 120 dias haverá um aumento do número de casos e depois uma diminuição. Mas as pessoas não precisam ficar tão desesperadas, porque isso vai passar”, garantiu.
Fonte - Correio do Estado
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