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19/08/2018 às 16:31, Atualizado em 19/08/2018 às 18:15

MS reduz mortalidade infantil e avança seis posições no ranking dos Estados

Taxa de mortalidade infantil caiu de 12,9 para 10,7.

Ao contrário da estatística nacional, Mato Grosso do Sul reduziu os índices de mortalidade infantil e avançou seis posições no ranking dos Estados, entre os anos de 2015 e 2017. Segundo levantamento sobre Sustentabilidade Social divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o Estado passou da 16ª para a 10ª posição. Já a taxa de mortalidade infantil no Brasil subiu 4,8% no período de 2015 a 2016, conforme relatório do Ministério da Saúde.

De acordo com a Coordenação Geral de Informações e Análises Epidemiológicas (CGIAE) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, no ano de 2014, a taxa de mortalidade infantil em Mato Grosso do Sul era de 12,9. Essa mesma taxa se manteve em 2016. Em 2017 a taxa caiu para 10,7.

Essa redução no Estado é atribuída à universalização das ações desaneamento básico e o programa de prevenção ao zica vírus. O Estado ampliou o acesso à água tratada e à rede coletora de esgoto e o combate ao mosquito transmissor de zica se deu por meio de plano emergencial e ações permanentes de combate ao vetor.

Sobre o aumento do número de mortes de nascidos vivos até 1 ano de idade no País, o Ministério da Saúde explica que o indicador foi afetado pela redução de 5,3% na taxa de nascimento ocasionada pelo adiamento da gestação diante da epidemia de zika que colocou o Brasil em uma emergência sanitária entre novembro de 2015 e maio de 2017.Além disso, muitos bebês morreram em decorrência de malformação causada por infecção pelo vírus.

Ainda segundo o relatório, muitas das mortes infantis foram causadas por doenças que poderiam ter sido evitadas caso não tivesse ocorrido a perda de renda das famílias, estagnação de programas sociais e cortes na saúde pública, que prejudicaram serviços de saúde, como a vacinação.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) pediu, em nota pública, empenho das autoridades sanitárias no enfrentamento das reais causas para o aumento na taxa de mortalidade infantil do Brasil, notando que não se pode ignorar fatores como a baixa cobertura vacinal e o risco de ocorrências de doenças infectocontagiosas, como o sarampo, meningite, tuberculose e sífilis congênita.

Sustentabilidade Social

Quanto ao levantamento dos últimos três anos realizado pelo CLP (2015, 2016 e 2017), o Estado apresentou redução gradativa no pilar da Sustentabilidade Social, formado por um conjunto de 14 indicadores, entre eles o de mortalidade infantil. Mato Grosso do Sul obteve nota 70,0, o que classifica o Estado na 9ª posição. A média nacional é 51,0. No indicador de mortalidade infantil, foi atribuída nota 64,1, enquanto a média nacional é de 49,1.

Os avanços nos 14 indicadores do pilar da Sustentabilidade Social contribuíram, segundo o CLP, com a redução do índice de mortalidade infantil no Estado. No indicador da segurança alimentar, por exemplo, o Estado avançou quatro posições, passando da 7ª para a 3ª.

Em relação ao indicador de acesso à água tratada, item fundamental para combater a diarreia, uma das causas da mortandade de crianças de zero a cinco anos, Mato Grosso do Sul avançou três posições, passando da 10ª para a 7ª no ranking dos Estados. MS avançou ainda uma posição no indicador do acesso à rede coletora de esgoto, da 14ª para a 13ª posição, segundo o levantamento do CLP.

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