Lista de estados com casos confirmados de sarampo foi divulgado pelo Ministério da Saúde e Mato Grosso do Sul está entre os 16 listados.
Novo boletim epidemológico trouxe mais três estados na lista dos que tem casos da doença confirmados, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. De acordo com o boletim, São Paulo ainda concentra a maior incidência. MS é o 11º com maior índice de surto ativo da doença.
O Brasil registrou 3.339 casos confirmados de sarampo em 16 estados, nos últimos 90 dias. O atual boletim aponta a notificação de 24.011 casos suspeitos, sendo que 17.713 (73,8%) estão em investigação e 2.957 (12,3%) foram descartados. Os casos confirmados, neste último levantamento, representam 89% do total de 2019. Não houve novos registros de óbitos.
A maioria dos casos confirmados, 97, 5%, está em São Paulo (3.254), seguido do Rio de Janeiro (18), Pernambuco (13), Minas Gerais (13), Santa Catarina (12), Paraná (7), Rio Grande do Sul (7), Maranhão (3), Goiás (3), Distrito Federal (3), Mato Grosso do Sul (1), Espírito Santo (1), Piauí (1), Rio Grande do Norte (1), Bahia (1) e Sergipe (1).
De acordo com informações do Ministério da Saúde, crianças são as mais suscetíveis às complicações e óbitos por sarampo. A incidência de casos em menores de 1 ano é nove vezes maior em relação à população em geral. A cada 100 mil habitantes, 52 crianças nessa faixa etária obtiveram confirmação para o sarampo. A segunda faixa etária mais atingida é de 1 a quatro anos. Esses dados do boletim epidemiológico elevam atenção para ações mais pontuais para este público. Neste ano, foram confirmados quatro óbitos por sarampo: três óbitos ocorreram em menores de 1 ano de idade; e um óbito em um indivíduo de 42 anos. Nenhum dos quatro casos eram vacinados contra a doença.
“É importante vacinar, neste primeiro momento, o público que é mais suscetível às complicações do sarampo. As crianças menores de 5 anos estão na faixa etária com maior número de internações e apresentam maior risco de desenvolver complicações, como cegueira, encefalite, diarreia grave, infecções no ouvido, pneumonias e óbitos pelo sarampo”, ressalta o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.
VACINAÇÃO
O Ministério da Saúde informou que, para garantir a vacinação de todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias, neste ano, a pasta já enviou 19,4 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola. Esse quantitativo garante a realização da vacinação de rotina, as ações de interrupção da transmissão do vírus, e a dose extra chamada de ‘dose zero’, nas crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias. Recentemente, a pasta enviou 1,6 milhão de doses extras da vacina tríplice viral para esse público. Na rotina do Sistema Único de Saúde (SUS) a tríplice viral está disponível em todos os mais de 36 mil postos de vacinação em todo o Brasil.
Porém, reportagem do Correio do Estado, do dia 10 de setembro, mostrou que a vacina estava em falta nas três maiores clínicas da Capital e em nenhuma delas havia a tríplice viral, que custa, em média, R$105, nem a tetraviral, cujo valor é de aproximadamente R$ 320. E na rede pública, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) garantiu que não faltam vacinas no estoque, apenas “falhas pontuais, por questões de logística”.
Nos dias 5 e 6 de setembro foi autorizada a distribuição de mais 5,5 milhões de doses para todos os estados do país. Do total de doses distribuídas, 52% (2,9 milhões) foram destinadas à utilização na rotina de vacinação, o que atende integralmente as solicitações dos estados. A quantidade autorizada no mês de setembro para as ações de rotina, corresponde a 67% a mais do que a média mensal estimada de demanda dos estados. As demais 2,6 milhões de doses serão utilizadas para a campanha de vacinação da população na faixa etária de 6 meses a 04 anos 11 meses e 29 dias. A vacina é a principal forma de proteção contra o sarampo.
Com informações do Correio do Estado.
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