Mato Grosso do Sul foi considerado pelo Ministério da Saúde como o segundo estado no Brasil com maior índice de casos de dengue em 2019. O estado representou 697,9 casos/100 mil hab e ficou atrás de Tocantins que teve incidência de 799,2 casos pelo mesmo número de habitantes.
O resultado foi publicado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (30) através do primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. Conforme estudo, a incidência da dengue no país entre janeiro e março subiu 339,9% em relação ao mesmo período de 2018, 102.681 casos. Os dados foram coletados no período de janeiro a março deste ano.
No Estado, conforme tabela divulgada pelo Ministério de Saúde, foram registrados neste ano 19.178 casos notificados cada 100 mil habitantes, enquanto que no ano passado, houve registros de apenas 1.311 casos da doença.
Número de casos prováveis a cada(/100mil hab.)
Conforme levantamento do LIRAa, Campo Grande está entre as 15 capitais do país que estão em estado de alerta. Boa Vista (RR), João Pessoa (PB), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e o Distrito Federal estão com índice satisfatório da epidemia, enquanto Cuiabá (MT) está em estado de risco. Os municípios de Natal (RN), Porto Alegre (RS) e Curtiba (PR) realizaram levantamento por armadilha. As capitais Florianópolis (SC) e Rio Branco (AC) não enviaram informações.
A análise da taxa de incidência de casos prováveis de dengue (número de casos/100 mil hab.) em 2019, segundo regiões geográficas, evidencia que a região Centro-Oeste apresenta o maior valor, 468,1 casos/100 mil habitantes.
O ministério emitiu alerta para a necessidade de fortalecer ações de combate ao mosquito, mas avaliou que, mesmo com o aumento de casos de dengue, a taxa de incidência está dentro do esperado para o período e o país não está em situação de epidemia.
Criadouros
De acordo com o Ministério da Saúde, a metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros predominantes. Os resultados reforçam a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, zika e chikungunya, em especial nas cidades em risco e em alerta.
O armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como tonel ou barril, foram os principais tipos de criadouro no país, seguido dos depósitos móveis, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis. Por último, depósitos encontrados em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção.
Levantamento
O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) é um instrumento fundamental para o controle do vetor e das doenças (dengue, zika e chikungunya). Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.
Resultados do Aedes aegypti no País
Zika
Foram registrados ainda 3.085 casos de zika, com incidência de 1,5 caso para cada 100 mil habitantes. Em 2018, no mesmo período, foram identificados 3.001 casos prováveis da doença. Não há óbitos por zika contabilizados em 2019.
Chikungunya
Também houve 24.120 casos de chikungunya, com uma incidência de 11,6 casos para cada 100 mil habitantes. Em 2018, foram 37.874 casos – uma redução de 36,3%. Em 2019, não foram confirmados óbitos por Chikungunya no país.
*Com informações da Agência Brasil
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