Reunião entre instituições filantrópicas que atuam na área de saúde no Estado serviu para entidades discutirem medidas a serem negociadas em contratualizações e na condição de pagamento de repasses do poder público.
Uma planilha com as principais demandas de cada instituição será produzida e encaminhada ao Governo do Estado. No documento deverá constar também o volume da dívida e quais problemas existem nos hospitais.
O encontro teve representantes de Bonito, Três Lagoas, Bataguassu, Amambai, Aquidauana, Bela Vista, Itaquiraí, Caarapó, Jateí, Sidrolândia, Novo Horizonte do Sul, Anastácio, Paranaíba, Camapuã, Fátima do Sul, Glória de Dourados e Dourados, além de Campo Grande.
Quem presidiu a discussão foi o presidente da Associação Beneficente Campo Grande (ABCG), Esacheu Nascimento, quem também ocupa agora a presidência da Federação das Instituições Filantrópicas e Beneficentes de Mato Grosso do Sul (Febesul). A ABCG é quem administra a Santa Casa da Capital. A vice-presidente da Febesul e ex-presidente, Rosa Conceição da Costa Vilas Boas, também participou do evento, que aconteceu na sexta-feira (5) no auditório Carroceiro Zé Bonito, na Santa Casa de Campo Grande.
"Durante a reunião foram compartilhadas as experiências de cada uma das entidades em suas atividades de prestação de serviços ao SUS e privados, e também as insatisfações pelos atrasos dos repasses públicos, que têm sido comuns a todos. De modo geral, o mesmo impasse ocorre em todos os hospitais filantrópicos e é comum a dificuldade de entender a política pública no estado, relacionada à saúde", informou nota oficial da entidade.
Os dirigentes devem preparar ações conjuntas e também analisar medidas que podem ser adotadas para negociação com as prefeituras e o Governo do Estado. Eles compartilharam experiências e novos encontros devem acontecer.
"Se não chamarmos atenção às nossas necessidades como instituições, outros não o farão. Por isso esse encontro serve para nos fortalecer e continuar na luta pelo objetivo comum", apontou Nascimento.
O caso da Santa Casa de Campo Grande nesse cenário é emblemático. A unidade é a maior do Estado e está em dura negociação com a Prefeitura da Capital pela renovação da contratualização. A administração do hospital mantém irredutível a proposta de aumento de repasse ou especificação no contrato de redução no atendimento de pronto socorro a partir de regulação.
ENTIDADES
Atualmente, 35 unidades hospitalares são filiadas à Febesul e todas enfrentam dificuldades com o sub-financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os problemas referem-se a principalmente aos atrasos nos recebimentos dos recursos. "Tais problemas precarizam o atendimento de saúde aos cidadãos, que é uma responsabilidade constitucional do Poder Público", alegou a entidade, em nota.
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