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27/08/2020 às 09:00, Atualizado em 26/08/2020 às 23:28

Governo Bolsonaro comprará vacina chinesa, diz diretor do Instituto Butantan

Bolsonaro já criticou a Coranavac, como é chamada a vacina de origem chinesa

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Divulgação

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou que o ministério da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) comprará vacinas contra o novo coronavírus produzidas no Estado de São Paulo em parceria com um laboratório chinês.

Covas afirmou ter se reunido com Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, para acertar os detalhes da parceria federal com o governo de João Doria (PSDB).

Bolsonaro já criticou a Coranavac, como é chamada a vacina de origem chinesa, quando destinou R$ 1,9 bilhões para a Fiocruz produzir uma vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Segundo Covas, o investimento de R$1,9 bilhão para produção de 120 milhões de vacinas em São Paulo. O valor é igual ao destino à Fiocruz

"Quando nós ofertarmos a vacina ela terá, obviamente, um custo e isto o ministro garantiu que vai, seguramente, colocar na pauta do programa nacional de imunização", disse Covas.

Ao ser questionado pelos jornalistas se Pazuello se comprometeu com esses valores, Covas afirmou que "na realidade ele disse que fará a aquisição das vacinas".

De acordo com a gestão Doria, o valor de R$1,9 bilhão custeará o término do estudo clínico (R$85 milhões), ampliação da fábrica de vacinas (R$60 milhões) e produção da Coronavac (1,75 bilhão).

"A garantira é exatamente a parceria que existe entre o Butantan e o Ministério. Isso foi reforçado com o ministro. É uma matéria de importância para saúde pública do Brasil", disse o diretor do Instituto Butantan.

Caso haja comprovação de que a vacina é segura e eficaz contra o novo coronavírus, o laboratório chinês Sinovac se comprometeu a enviar 45 milhões de doses.

O Butantan estima produzir outras 15 milhões até o primeiro trimestre de 2021. Totalizando 60 milhões de doses. Em São Paulo, a vacina já está na terceira fase de testes. São aplicadas doses em 9.000 voluntários no Brasil.

Depois do fim dos testes e a comprovação de sua eficácia, a vacina precisará de uma autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser distribuída aos brasileiros.

Fonte: Yahoo Notícias

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