O Estado atingiu mais um índice alarmante de contaminados pela covid-19 nesta quarta-feira (9). São 3.034 casos confirmados, o que representa média de 2,1 testes positivos por segundo em Mato Grosso do Sul. Outros 10 mil exames ainda estão pendentes de resultado.
Outro número alto é o de óbitos: 58 mortes entraram no boletim epidemiológico de hoje. A vítima mais jovem tinha 25 anos e faleceu em Ponta Porã, sem qualquer comorbidade. A letalidade voltou a subir, para 2.4 no Estado.
O secretário de Saúde Geraldo Rezende lembrou dos mais de "500 dias de luta" contra a doença. Depois de bom desempenho em relação ao restante do Brasil, agora o cenário é de colapso, "o epicentro da doença no País", reforçou ele.
"Acredito que os governantes, todos eles, deveriam estar tomando decisões mais duras. A escolha é simples: entre enfrentar o mau humor momentâneo daqueles que se sentem prejudicados ou chorar ao lado das famílias daqueles que morreram".
Na avaliação de Geraldo, a confiança de que o pior já passou está matando mais a cada dia. "Perdemos o equilíbrio, perdemos o bom senso, perdemos o medo de morrer. Não paramos de crescer (nos números da covid), enquanto deveríamos estar diminuindo.
São 53 mortes em média todos os dias,lembrou o secretário. "Não adianta mais gritar para aumentar leitos. Só para vocês terem ideia, a atual estrutura de saúde poderia atender uma população 10 vezes maiores que a de Mato Grosso do Sul".
Nesta quarta, 1.287 pessoas estão internadas, 544 delas em UTis. A superlotação segue, em maior índice na Macrorregião de Campo Grande, que opera 8% acima da capacidade.
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