Dados divulgados pela Divisão de Saúde da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) comprovam que mais de 12,1 mil pessoas em privação de liberdade e servidores penitenciários participaram da 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, desenvolvida em Mato Grosso do Sul.
O relatório é referente à campanha contra a gripe H1N1 realizada em 39 unidades da agência penitenciária no Estado, incluindo a sede administrativa. Conforme o documento, foram 11.150 reeducandos e 1.033 agentes penitenciários imunizados em Mato Grosso do Sul.
Os procedimentos adotados seguiram os mesmos critérios de risco estabelecidos pelo Ministério da Saúde e a imunização aconteceu por meio de parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e as secretarias municipais.
Conforme o Ministério da Saúde, a meta é atingir, pelo menos, 90% de cada grupo prioritário, índice que foi superado em várias unidades. No Estabelecimento Penal Masculino de Regime Fechado de Ivinhema, por exemplo, a vacinação aconteceu em maio e imunizou todos os detentos. Já na Penitenciária de Três Lagoas (PTL), foram imunizados 705 internos, representando mais de 98% da massa carcerária.
Segundo a chefe da Divisão de Saúde da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, as vacinas foram fornecidas pelo Ministério da Saúde e aplicadas pelos próprios servidores das unidades penais, que atuam no setor de saúde. “Em alguns presídios, servidores das secretarias municipais também foram para auxiliar na vacinação dos reeducandos e dos agentes, como foi, dentre outros, o caso do Estabelecimento Penal de Três Lagoas, Instituto Penal de Campo Grande e do presídio de Segurança Máxima da Capital”, afirma.
Para maior efetividade durante a vacinação, todas as doses aplicadas são lançadas nos sistemas de controle das secretarias municipais de saúde. Além disso, as imunizações dos detentos de todo o Estado também são informadas no Sistema Integrado de Administração do Sistema Penitenciário (Siapen).
Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, a campanha de vacinação é de extrema relevância para os apenados e os agentes penitenciários. “Com a chegada do inverno, os riscos de gripe aumentam e as características do encarceramento coletivo contribuem, ainda mais, para a circulação do vírus da influenza. Por isso, a imunização voltada ao sistema prisional é essencial para prevenção de novos casos, além de ser considerada uma questão de política pública”, ressalta.
A imunização protege contra três subtipos do vírus da gripe – A (H1N1), A (H3N2) e influenza B. O Ministério da Saúde garante que a vacina contra a gripe é segura e reduz complicações que podem produzir casos graves da doença, internações e óbitos. Pesquisas demonstraram que o ato de se vacinar pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias, e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Neste ano, além da população privada de liberdade e dos funcionários do sistema prisional, a vacina contra a gripe também foi priorizada para pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; professores de escolas públicas e privadas; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais independentemente da idade; e crianças de seis meses a menores de seis anos – a faixa etária do público infantil foi ampliada nesta campanha.
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