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29/03/2023 às 13:00, Atualizado em 29/03/2023 às 11:57

Usina abre comportas após volume de chuva acima da média e água alaga fazendas de Batayporã

De acordo com a defesa civil, a preocupação no momento são os animais que precisaram ser realocados para outras propriedades rurais.

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Animais ilhados em Batayporã. — Foto: Reprodução

Cerca de sete fazendas localizadas no município de Batayporã (MS) foram alagadas após a abertura das comportas da usina hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, instalada no rio Paraná na altura dos municípios de Rosana (SP) e Batayporã.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município sul-mato-grossense, Gilberto Batista dos Santos, a situação é preocupante e o município já declarou situação de emergência.

"A usina precisou abrir as comportas devido a ação de outras usinas que estão acima e abriram suas comportas, a Sérgio Motta não suporta o volume de água que chega à sua caixa de capitação e precisou abrir as comportas também".

De acordo com a defesa civil, a preocupação no momento são os animais que precisaram ser realocados para outras propriedades rurais.

"Aproximadamente 7 mil cabeças de gado precisaram ser realocadas e 2.500 estão na estrada ilhadas por não ter lugar para elas serem levadas", afirma Santos.

Em nota, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) esclareceu que deliberou o aumento gradativo da vazão de água decorrente do volume de chuvas acima da média para o período nos rios que formam a bacia do Paraná, em especial o Rio Grande e o Rio Paranaíba.

Conforme a Cesp, a vazão é necessária após às aberturas das comportas de outras usinas hidrelétricas localizadas à montante (acima).

Nota na íntegra

Em decorrência do volume de chuvas acima da média nos rios que formam a Bacia do Paraná, fazendo com que todas as usinas hidrelétricas localizadas na região abrissem suas comportas, a CESP informa que tem mantido o vertedouro aberto para o controle de vazão da água liberada pela UHE Porto Primavera.

A vazão chegou próximo à 14.000 m³/s na semana passada, porém, desde então tem mantido gradativa redução. Hoje, a vazão praticada é de 7.500 m³/s, com previsão de queda nos próximos dias. Vale destacar que esse tipo de operação durante o período de cheias é normal e segura, seguindo as regras operativas definidas pelos órgãos reguladores.

A companhia reafirma seu compromisso com a transparência, mantendo a comunidade informada em caso de novas alterações relevantes. A empresa ainda possui o canal Diálogo Aberto, que atende por meio do WhatsApp (11) 93032-6699, para dúvidas e informações.

Com informações do G1

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