Nesta quinta-feira (1), os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negaram, por unanimidade, o recurso de Loester Carlos Gomes de Souza — conhecido como Trutis. A esposa dele, Raquelle Lisboa Alves Souza também recorreu da decisão do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).
O casal foi candidato a deputado federal e a deputada estadual nas Eleições de 2022. Eles concorreram pelo PL (Partido Liberal).
Na corrida eleitoral de 2022, eles participaram de ato público de entrega de ambulância UTI móvel. O evento aconteceu em frente à prefeitura de Campo Grande.
No entanto, os veículos apresentados no evento foram adquiridos com recursos de emenda parlamentar do então deputado federal e candidato à reeleição, Loester Trutis. Na defesa, os ex-candidatos alegaram que a participação e ‘mero apoio político’ não são suficientes para caracterizar a propaganda eleitoral.
Os ministros do TSE mantiveram as condenações do TRE-MS. O Tribunal Regional condenou os dois ao pagamento de multa individual por propaganda eleitoral irregular.
A ministra Cármen Lúcia foi relatora do recurso. Ela negou seguimento por entender que a revisão da decisão do Regional implicaria em análise de fatos e provas. Destacou ainda que a análise “não é cabível em via de recurso especial”.
Por fim, a relatora destacou que “a parte não impugnou todos os fundamentos da decisão agravada, o que é suficiente para mantê-la”.
Réu por simular atentado
O ex-deputado federal Loester Trutis e o chefe de gabinete Ciro Fidelis se tornaram réus no STF (Supremo Tribunal Federal), por simularem um atentado contra a vida do parlamentar na BR-060.
Os onze ministros da Corte votaram a favor do recebimento da denúncia, feito pela Procuradoria-Geral da República após investigação da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul.
Ambos responderão por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de arma de fogo.
Então, para a PF, Trutis (PL) encenou o atentado: a conclusão, cujas informações investigadas já apontavam para simulação por parte do parlamentar, está em relatório encaminhado ao STF, no qual a polícia pedia indiciamento de Trutis e de seu assessor.
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