Publicado em 02/08/2024 às 13:30, Atualizado em 02/08/2024 às 11:05

TSE nega recurso de Trutis e mantém condenação por propaganda eleitoral irregular

Loester Trutis e Raquelle Trutis tentaram recurso contra decisão do TRE-MS

Redação,
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Divulgação

Nesta quinta-feira (1), os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negaram, por unanimidade, o recurso de Loester Carlos Gomes de Souza — conhecido como Trutis. A esposa dele, Raquelle Lisboa Alves Souza também recorreu da decisão do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).

O casal foi candidato a deputado federal e a deputada estadual nas Eleições de 2022. Eles concorreram pelo PL (Partido Liberal).

Na corrida eleitoral de 2022, eles participaram de ato público de entrega de ambulância UTI móvel. O evento aconteceu em frente à prefeitura de Campo Grande.

No entanto, os veículos apresentados no evento foram adquiridos com recursos de emenda parlamentar do então deputado federal e candidato à reeleição, Loester Trutis. Na defesa, os ex-candidatos alegaram que a participação e ‘mero apoio político’ não são suficientes para caracterizar a propaganda eleitoral.

Os ministros do TSE mantiveram as condenações do TRE-MS. O Tribunal Regional condenou os dois ao pagamento de multa individual por propaganda eleitoral irregular.

A ministra Cármen Lúcia foi relatora do recurso. Ela negou seguimento por entender que a revisão da decisão do Regional implicaria em análise de fatos e provas. Destacou ainda que a análise “não é cabível em via de recurso especial”.

Por fim, a relatora destacou que “a parte não impugnou todos os fundamentos da decisão agravada, o que é suficiente para mantê-la”.

Réu por simular atentado

O ex-deputado federal Loester Trutis e o chefe de gabinete Ciro Fidelis se tornaram réus no STF (Supremo Tribunal Federal), por simularem um atentado contra a vida do parlamentar na BR-060.

Os onze ministros da Corte votaram a favor do recebimento da denúncia, feito pela Procuradoria-Geral da República após investigação da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul.

Ambos responderão por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de arma de fogo.

Então, para a PF, Trutis (PL) encenou o atentado: a conclusão, cujas informações investigadas já apontavam para simulação por parte do parlamentar, está em relatório encaminhado ao STF, no qual a polícia pedia indiciamento de Trutis e de seu assessor.