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04/05/2017 às 15:01, Atualizado em 04/05/2017 às 16:04

Tribunal de Justiça desbloqueia bens de Lídio

Deputado foi acusado de ter funcionária fantasma.

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Lídio Lopes responde por improbidade administrativa - Foto: Victor Chileno/ALMS

O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do sul (TJ-MS), Júlio Siqueira, desbloqueou os bens do deputado estadual Lídio Lopes (PEN) por falta de caracterização da denúncia, achando melhor análise mais ampla do processo para dar decisão final. O parlamentar responde ação de improbidade administrativa, por suspeita de fraudar a lista de frequência da ex-assessora de gabinete Sheila Lins de Albuquerque.

O bloqueio é pedido do promotor de Justiça do Grupo Especial de Combate a Corrupção (Gecoc), Marcos Alex de Oliveira Vera. Ele solicitou que as contas de Lídio e de Sheila fossem restritas até atingir o valor de R$ 88.296,17, equivalente ao montante total de salário recebido pela ex-comissionada enquanto estava locada na Assembleia Legislativa.

O juiz Alexandre Ito, da 1ª Vara dos Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos acolheu o pedido de liminar do Ministério Público Estadual (MPE) no início de abril, mas Lídio recorreu, alegando sequer ter sido ouvido sobre o caso que corre em sigilo. “Semana passada entrei com agravo e meus bens foram desbloqueados”, disse o parlamentar.

O deputado estadual acredita que o promotor de Justiça Marcos Alex tinha o objetivo de atacar a Assembleia Legislativa. “Isso é coisa com endereço certo”, finalizou. De acordo com a investigação, a assessora foi nomeada em março de 2013 e exonerada em janeiro deste ano. Ela recebia um salário de R$ 1,7 mil para trabalhar para o parlamentar morando em Três Lagoas, só que no mesmo período há evidências de que Sheila viajou várias vezes para fora do país. As fotos dos passeios postadas no seu perfil nas redes sociais foram anexadas ao processo, como prova da irregularidade. O parlamentar rebateu afirmando que é permitido ter servidores lotados no interior, monitorados por relatórios.

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