Quase um ano depois das eleições, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) anulou a cassação da chapa da prefeita de Fátima do Sul, Ilda Machado (PR), município ao sul do estado, e considerou ilícito o vídeo em que ela aparece tirando o dinheiro da roupa para entregar ao eleitor. O valor era R$ 700 supostamente para comprar três votos.
A decisão foi unânime ao acolher a prejudicial de mérito e deu provimento ao recurso da prefeita. Essa foi a quarta decisão sobre o caso. As duas primeiras, de primeira instância, cassaram o mandato e a penúltima o tribunal reformou e manteve Ilda no cargo.
A Procuradoria Regional Eleitoral pediu prioridade no julgamento em razão que o “início da jurisdição especial, provocada pela interposição do REspe, depende da decisão dessa”.
O pedido de ação de investigação eleitoral foi feito pela Coligação “Respeitando Nossa Gente”, do único adversário Júnior Vasconcelos (PSDB). Ilda Machado foi eleita com 51,67% dos votos contra 48,33%. Dos 16.097 eleitores, 13.902 compareceram às urnas e a abstenção foi de 13,64%.
Segundo a ação, no dia 22 de setembro, cabos eleitorais da candidata à prefeitura do PR estiveram no bairro Jardim dos Ipês, na parte da manhã, avisando que Ilda Machado iria à tarde distribuir dinheiro. Como dito, um eleitor recebeu a visita da candidata que perguntou se precisava de algo.
Depois perguntou se R$ 500 resolveria a situação e entregou o valor, conversando sobre os três votos da residência – dele, da mulher dele e outro morador. O eleitor pediu mais dinheiro em nome da mulher dele. Ilda tirou da roupa dela mais R$ 200 e lhe entregou. Tudo foi gravado.
A defesa da candidata pediu a anulação das provas por teriam sido obtidas por meio ilícitos. Além disso, acusou o vídeo de ter sido editado e o eleitor de estar passando por dificuldades financeiras por estar desempregado.
Conteúdo G1 MS
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.