O presidente Michel Temer (PMDB) concedeu entrevistas a jornalistas estrangeiros em sua agenda na noite desta segunda-feira (29), em São Paulo. Apesar do clima de crise política, o peemedebista adotou um tom otimista nas entrevistas e disse que não renunciará ao poder.
O governante ainda afirmou que as impopulares reformas promovidas pelo Planalto devem ser aprovadas ainda em seu governo. "Sou plenamente capaz de continuar promovendo as reformas, o que significa que eu tenho habilidade para governar", disse. "O Brasil não vai parar".
Essas foram as primeiras entrevistas concedidas pelo presidente desde a explosão das delações da JBS, no dia 17 de maio, que aceleraram a crise política do país, afetando membros do Executivo, Legislativo e Judiciário.
Temer revelou aos jornalistas que ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência. O presidente afirmou que é possível conseguir esses votos a tempo, mas que um fracasso não seria um desastre.
"Se não aprovarmos a reforma trabalhista e a reforma previdenciária, o país não vai parar, mas não vai ser bom", disse. "O país não vai parar, mas claro que prejudica".
A postura de otimismo do governo tem como objetivo tranquilizar os empresários. Mais cedo, na segunda Temer se reuniu com representantes de empresas internacionais de aeroportos, para esclarecer que apesar da crise, a agenda política e econômica do país será mantida.
Sobre o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na próxima semana, no dia 6 de junho, o presidente disse que espera que o Tribunal encontre "uma rápida solução" para acabar com a incerteza que pesa sobre o governo e a economia.
Conteúdo - Midiamax
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