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10/06/2021 às 18:00, Atualizado em 10/06/2021 às 23:27

Presidente da Câmara Municipal de Nova Andradina fala sobre os primeiros meses de mandato, planos e metas

Dr. Leandro Fedossi, eleito para o mandato do biênio 2021-2022, falou ao Nova Notícias sobre os trabalhos na Câmara Municipal e desafios durante a pandemia

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Dr. Leandro Fedossi, vereador e atual presidente da Câmara Municipal de Nova Andradina

Foto: Kátia Ellen

Dr. Leandro Ferreira Luiz Fedossi, presidente da Câmara Municipal de Nova Andradina no biênio 2021-2022, concedeu uma entrevista ao site Nova Notícias em seu gabinete. Dr. Leandro Fedossi é vereador pelo PSDB, eleito em 2021, médico geriatra, médico do trabalho e médico auditor da Prefeitura Municipal de Nova Andradina. Dr. Leandro assumiu a Mesa Diretora há 5 meses e falou sobre o mandato e os encaminhamentos da Câmara.

NN: Você foi eleito vereador na eleição passada e depois o Sr. foi eleito Presidente da Câmara. O que foi mais difícil: ser eleito vereador ou Presidente da Câmara?

Dr. Leandro: Ser eleito vereador foi mais difícil porque onde você concorre com 183 candidatos das mais diversas áreas da cidade de Nova Andradina e do distrito de Nova Casa Verde, pessoas qualificadas, pessoas do mais alto grau, mulheres renomadas da cidade, então ser eleito, acredito, como vereador é a questão mais difícil. Depois a questão da eleição da presidência da Câmara é um outro passo difícil que, com o apoio da minha base, acabei sendo eleito no pleito por 7 votos a 6 e hoje temos uma boa relação com todos os vereadores após o pleito de 01 de janeiro de 2021.

NN: A Câmara Municipal tem 13 legisladores. Como é o convívio com esses vereadores?

Dr. Leandro: Nós temos 7 partidos representados aqui na Câmara: 3 do PSDB (Edeildo Gonçalves dos Santos, Wilson Almeida da Silva e Dr. Leandro Ferreira Luiz Fedossi), 1 do DEM (Dr. Sandro Roberto Hoici), 1 do PSB (Gabriela Carneiro Delgado), 1 do PSD (Pedro Gomes Soares) e 1 do PT (Josenildo do Nascimento). Essa é a nossa base da mesa diretora composta. Os demais vereadores da base do prefeito que hoje tem uma boa relação conosco também, a porta da casa está sempre aberta, dialogamos, trocamos ideias, aceito sugestões, aceito ideologias de outros vereadores, afinal temos 12 parceiros e, aqui também falando de 13 eleitos, 09 são novos e 04 ficaram do mandato passado com experiência de mandato. Do outro lado nós temos a representação do PL com 2 vereadores (Arion Aislan de Souza e Maria Aparecida dos Santos Correia), do MDB com 2 vereadores (Fabio Zanata e Marcia Batista Lobo Grigolo), do PDT com 2 vereadores (Alessandro Moreira Chaves e João Luiz Saltor Dan), totalizando os 13 vereadores. Somos 10 homens e 3 mulheres, sendo a maior bancada feminina da legislatura de Nova Andradina.

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Foto: Kátia Ellen

NN: Qual o balanço dos primeiros 5 meses como presidente da Câmara Municipal?

Dr. Leandro: Entramos no mês de junho e temos a questão da pandemia que acaba atrapalhando alguns movimentos políticos e atrapalha sair de Nova Andradina por causa da mobilidade, aglomeração, enfim isso é uma questão que está atrapalhando. Porém, temos um mandato como eleito para Nova Andradina, estamos buscando recursos desde janeiro junto com os demais vereadores, buscando emendas, buscando apoio do governo, governo esse que é do PSDB, o governador Reinaldo Azambuja. Na Secretaria de Saúde temos o parceiro o Dr. Geraldo Resende, um grande aliado. Nos recebeu prontamente no mês de janeiro, promovendo uma verba para reforma do Hospital Regional no total de 1 milhão de reais. Depois tivemos entre outras emendas conseguidas pelos outros vereadores também, isso totalizando um apoio imenso ao Legislativo ao cidadão nova-andradinense. Por isso que falamos que é uma Câmara bem diversificada com bons contatos em Campo Grande na bancada federal e também no Senado.

NN: Falta 1 ano e meio para você terminar o mandato como presidente. O que pretende implantar como diferencial até o final do seu mandato?

Dr. Leandro: Nós temos um mandato de apoio de todos os vereadores e participativo. Eu quero continuar com esse mandato participativo, aceitando indicação de todos os vereadores. Temos recentemente uma indicação aqui para a Câmara Municipal de Nova Andradina que vai ser a instalação de placas solares. Hoje temos uma conta em torno de 6 a 7 mil reais e nós queremos deixar uma marca aqui no biênio que é a implantação da energia solar, reduzindo a conta de energia da Câmara e deixando uma marca para todos os funcionários e para o cidadão nova-andradinense que essa casa é a casa do cidadão nova-andradinense, a casa de leis, a casa do Legislativo.

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Foto: Kátia Ellen

NN: Você é médico, está vereador e está presidente da Câmara Municipal. Durante esse período da pandemia, você tem acompanhado de perto, quais são as principais dificuldades que tem percebido junto à sociedade e que tipo de reivindicações tem recebido?

Dr. Leandro: Eu sou médico auditor da Prefeitura Municipal de Nova Andradina, afastado nesse biênio pela questão da presidência da Câmara. Estamos acompanhando desde o início, desde a montagem dos 08 leitos de UTI que nós temos no Hospital Regional que atende a nossa macro e hoje atendendo todo o Estado, e temos mais 10 leitos de UTI Geral que ajudei na implantação, também em 2016, que dá um apoio imenso para a UTI Covid. Nós iniciamos lá trás na pandemia, em 2020, poucos casos (março, abril, maio, junho) e começaram a aparecer os casos. A UTI não estava lotada, não tinha fluxo, porém ela estava preparada e em treinamento constante de todos os profissionais que ali atuam: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, profissional da limpeza, da recepção, todos esses profissionais têm que estar qualificados até para prevenir em questão de contaminação. Nós temos visto um grande índice de contaminação entre os profissionais que atuam na pandemia, pois o índice e o risco de contaminação é elevado.

Nós temos diversas reclamações entre atendimento, medicamento e agora a grande questão é a falta de leitos. Hoje o Estado do MS está vivenciando o pior momento da pandemia e também na cidade de Nova Andradina, pois nós não temos descanso no leito, não temos descanso pra esses profissionais que estão trabalhando. São 24 horas com 100% de atenção, 100% de lotação na UTI Covid. Se um paciente tem alta e aqui em Nova Andradina não tem necessidade de utilizar essa vaga, essa vaga é cedida para um município de qualquer parte do Estado. Nós temos visto pacientes sendo transferidos para outros Estados (Rondônia, São Paulo) que estão ajudando e muito o cidadão sul-mato-grossense. Temos visto uma alta no preço dos insumos de EPIs (máscaras, álcool-gel e outros aparatos como luvas), explodiu o preço e infelizmente os repasses financeiros, por mais que teve ajuda do Governo Federal e do Governo Estadual, não são suficientes, então por isso nós buscamos recursos e apoio do governo municipal para o Hospital Regional. Um antibiótico de alto custo, 1 ampola, antes custava R$ 120,00 passou a custar R$ 260,00, como o Tazocin que é usado em pacientes graves. Nós temos um aumento de mais de 100%. Temos também o debate do lockdown, do fechamento do comércio em determinados horários.

NN: Que balanço você faz sobre a determinação das medidas de restrição nas duas últimas semanas no município?

Dr. Leandro: O lockdown é uma situação discutível, só que agora, mais do que nunca, esses dias que tivemos de restrição no funcionamento do comércio, na vida noturna, a questão das pessoas ficarem restritas, nós temos que orientar, principalmente os adolescentes a ficarem em casa, no final de semana e não ter aglomeração. Estamos no final do decreto que, possivelmente, retorna ao horário habitual anterior de fechamento às 21h, porém devemos seguir em medidas de restrição. O número de casos suspeitos retrocedeu e se nós não tivéssemos ficado fechados, nós iríamos passar de 500 casos positivos nesses dias agora. Houve a redução dos positivos e dos casos suspeitos também. Estamos vendo e comprovando que a restrição e o isolamento social é importantíssimo. Claro que, aliado ao isolamento social, as medidas de contenção na relação da pandemia que é o uso de álcool-gel, máscara, distanciamento social e, para finalizar, a vacina. A vacina que é tão esperada por todos. Estávamos torcendo para vir as 3 milhões de doses da Janssen, só que pelo que eu tenho visto em alguns movimentos políticos, o Conasems [O Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde] não conseguiu mandar tudo para o Estado de MS mas pode ser que haja alguma mudança. Já vimos que o Estado de SP vai distribuir para 625 municípios, então deve ser equitativa para todo o Brasil para a quantidade de população de cada Estado. Veja o vídeo abaixo.

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