A presença do ministro da Justiça (PMDB), Osmar Serraglio, recém nomeado pelo presidente Michel Temer (PMDB), em um grampo da Operação Carne Fraca acendeu o alerta vermelho para a equipe presidencial sobre possíveis denúncias futuras contra o ministro.
De acordo com a Folha de S. Paulo, um assessor presidencial alegou que o desgaste na imagem pública do peemedebista deve ser ampliado caso o grampo seja apenas "a ponta de um novelo".
No grampo, o ex-deputado Serraglio aparece conversando com Daniel Gonçalves Filho, apontado como "líder da organização criminosa" que envolve frigoríficos e agentes fiscalizadores, investigada na Operação Carne Fraca.
O ministro Serraglio inicia a conversa chamando Daniel de "grande chefe", e pede informações sobre o frigorífico Larissa, de propriedade de Paulo Rogério Spósito, ex-candidato a deputado federal de São Paulo.
Daniel Gonçalves Filho foi superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná entre 2007 e 2016. O fiscal agropecuária chefiava o esquema de troca de propina por "afrouxamentos" nas fiscalizações dos frigoríficos.
Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que não há nenhum indício de ilegalidade na conversa grava entre Serraglio e Daniel, e que o grampo é um exemplo de que o ministro não interfere na Polícia Federal.
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