O caso do áudio em que o deputado Paulo Corrêa (PR) orienta o colega Felipe Orro (PSDB) a instalar pontos fictícios para controlar assiduidade dos servidores lotados em seu gabinete, continua rendendo revelações. A Corregedoria da Assembleia quer ouvir os envolvidos.
O deputado Maurício Picarelli, corregedor da Casa e do mesmo partido de Orro, o PSDB, revelou que já recebeu a defesa dos dois parlamentares, e quer convocar o pastor que teria gravado o áudio para prestar esclarecimentos no próximo dia 18 de novembro.
O corregedor revelou que o pastor teria procurado o deputado Zé Teixeira (DEM), citado de forma pejorativa por Paulo Corrêa durante a conversa, para tentar vender o material com o áudio.
“O pastor me disse que tinha uma fita e que a Globo daria para ele R$ 110 mil, disse que era um bom valor pra ele vender”, revelou Teixeira.
Segundo o deputado do DEM, duas pessoas testemunharam a tentativa de venda do áudio. Zé Teixeira disse que o pastor lhe revelou que tinha uma filha estudando em Dourados, e que ele daria uma cópia da fita caso o deputado se comprometesse a pagar o aluguel da jovem.
Após o ouvir o conteúdo, o democrata disse que não queria comprar, já que o material não lhe interessava. Teixeira também não comentou sobre a forma como foi mencionado no vídeo, limitou-se a dizer que os colegas 'falaram demais'.
Responsável por analisar se uma comissão de ética vai julgar Corrêa e Orro, Picarelli pontuou que não tem um prazo para concluir seus trabalhos, mas disse que pretende fazê-lo ‘o mais breve possível’.
Apuração
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) comentou o áudio envolvendo dois deputados de sua base. “Conversei com presidente da Assembleia (Junior Mochi, PMDB), se o caso está sendo investigado. Tenho certeza que nos próximos dias teremos apuração de tudo”, disse o tucano.
Conteúdo - Midiamax
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