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09/07/2021 às 17:00, Atualizado em 09/07/2021 às 15:31

NOVA ANDRADINA: Combate à violência contra a mulher deve ser incluído no currículo escolar, cobram vereadores

O Brasil é o quinto país do mundo que mais mata mulheres.

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Indicação também pede para que seja instituída a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher

Foto: Secretaria-Geral

Conteúdos relativos à prevenção de todas as formas de violência contra a mulher deverão fazer parte, como tema transversal, dos currículos da Educação Básica, apontaram as vereadoras Gabriela Delgado (PSB), Márcia Lobo (MDB) e Cida do Zé Bugre (PL) na Indicação 358/2021, assinada em conjunto com os vereadores Josenildo Ceará (PT) e Fábio Zanata (MDB).

No documento enviado à Prefeitura de Nova Andradina e à Secretaria de Educação, os parlamentares cobraram, no âmbito do município, a regulamentação da Lei 14.164/21, que incluiu nos currículos da educação básica a prevenção e o combate à violência contra a mulher. Na indicação também foi requerida que fique instituída a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher, a ser realizada anualmente, no mês de março, em todas as instituições públicas e privadas de ensino.

“A presente indicação tem como objetivo promover a reflexão e o diálogo sobre a violência contra as mulheres já na educação básica. Isso, definitivamente, ajudará na construção de adultos e adultas mais conscientes dos problemas enfrentados em nossa sociedade”, argumentaram os autores na justificativa do projeto.

O Brasil é o quinto país do mundo que mais mata mulheres. Os índices de feminicídio subiram, de forma alarmante, ao longo de 2020. Com o isolamento social causado pela pandemia, as mulheres brasileiras se viram convivendo mais intensamente com seus agressores. E, mesmo com campanhas criadas para ajudá-las, ainda há dificuldade em realizar a denúncia.

“Conscientizar desde a infância sobre a realidade e as consequências vividas pelas mulheres é promover um futuro mais digno a elas e à sociedade. Os índices mostram reflexo direto da desigualdade de gênero no país, e o Brasil ocupa o 93° lugar entre 156 países no respectivo ranking. Um país que promove a igualdade de gênero é bem menos violento e possibilita a vida harmônica de sua população”, concluíram.

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