O presidente Lula (PT) defendeu a soberania nacional, o Pix e a isenção do Imposto de Renda e atacou políticos que chamou de "traidores da pátria" durante o discurso do Dia da Independência, transmitido na noite deste sábado.
O que aconteceu
Lula criticou os "traidores da pátria". "É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil", afirmou o presidente."Defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará."
Presidente defendeu soberania do Brasil diante de outros países. "Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro", disse. O presidente não citou Donald Trump, presidente dos EUA, que aplicou taxas de 50% a centenas de produtos brasileiros.
Pronunciamento teve defesa do Pix. "O Pix é do Brasil. É público, é gratuito e vai continuar assim", disse Lula. Em julho, o governo americano anunciou uma investigação que tinha o sistema de pagamentos brasileiro entre seus alvos.
O discurso acontece durante a movimentação da anistia no Congresso e ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sem citar diretamente o antecessor ou bolsonaristas, Lula disse que "o presidente do Brasil não pode interferir nas decisões da Justiça brasileira, ao contrário do que querem impor ao nosso país".
Lula citou isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A medida é uma das principais bandeiras da atual gestão. Além disso, a recente operação da Polícia Federal contra o crime organizado e a disseminação de fake news por meio de redes sociais também foram lembradas.
"Traidores da pátria" já haviam sido citados por Lula em julho. Naquele mês, o presidente afirmou em pronunciamento que o tarifaço americano aos produtos brasileiros era uma "chantagem inaceitável" e que seus apoiadores eram traidores do Brasil.
O presidente tem aproveitado o julgamento e a Semana da Pátria para falar em "verdadeiros patriotas". Em discursos e entrevistas, ele tem questionado o comportamento do ex-presidente e do seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), considerado um dos articuladores do tarifaço junto ao governo Donald Trump.
Com informações do UOL
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