O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acendeu o sinal de alerta em relação ao desempenho do seu governo após pesquisa Datafolha . Equipe apontou que o número de pessoas que tratam a nova gestão como regular é alto e petista determinou que se faça um estudo para saber como atrair esse eleitorado para o seu lado.
O governante entende que os 29% que o rejeitam fazem parte do bolsonarismo e não mudarão de lado. Já os 38% que aprovam seu governo também seguirão apoiando. Visando as eleições de 2024 e também 2026, além de manter a gestão estável pelos próximos quatro anos, o mandatário quer conquistar a maioria dos que enxergam o trabalho apenas como regular.
O pessimismo por parte do PT é em relação à compreensão dos brasileiros sobre as ações do governo. No levantamento, 51% dos entrevistados disseram que Lula “fez pelo país menos do que se esperava”. A cúpula do partido aponta que está ocorrendo uma falha de comunicação.
As críticas giram em torno da centralização das ações no atual presidente – há quem defenda outras abordagens, como dar mais destaque para Marina Silva, Simone Tebet, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, assim conquistando o eleitor de centro – e a pouca efetividade para derrubar as narrativas criadas pelos bolsonaristas.
No entanto, há otimismo em relação ao número de pessoas que apostam que o governo Lula será bom ou ótimo. Na avaliação de 50% dos entrevistados, o atual governante do país conseguirá encerrar o seu mandato com ações e índices positivos.
Lula enxerga erro político
Além de apontar falha na comunicação, Lula acredita que seu governo precisa melhorar as negociações políticas. Há muita preocupação no governo pelo fato de ainda não ter uma base sólida no Congresso Nacional.
O presidente tem dialogado com frequência com Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, mas tem esbarrado nas negociações com o União Brasil e PSD.
Poucos ministros estão conseguindo ter apoio quase que integral dos parlamentares. Haddad é visto como o maior exemplo, já que se tornou o “queridinho” do Congresso e também do mercado financeiro.
Lula quer sentir o termômetro da base nas votações do arcabouço fiscal e também da reforma tributária. Ele entende que ambas as propostas devem passar, mas quer saber se elas serão desidratas ou passarão quase que na íntegra.
A partir dessas duas votações, ele irá agir para ter uma base fiel ao seu lado.
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