O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, categoricamente, que não vai renunciar ao mandato de presidente da República, após vazamento de gravação onde ele supostamente autoriza Joesley Batista, dono da Friboi, a 'comprar' o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB).
Foram menos de quatro minutos de discurso, no Palácio do Planalto, na tarde desta quinta-feira (18), onde ele diz que só falou agora, pois 'tentou conhecer o conteúdo das gravações' que o citaram. Temer disse também, que sobre o assunto das gravações, pediu ao STF que investigue profundamente as circunstâncias do caso. ''Se foram rápidas nas gravações clandestinas, não podem tardar nas investigações e na solução respeitantemente a estas investigações'', criticou.
O presidente, em tom de irritação, declarou que as gravações são clandestinas e jamais autorizou quem quer que seja a fazer pagamentos em nome dele. O motivo, segundo ele, é o não temor de delações premiadas, pois não tem nada a esconder, assim como fez em toda sua carreira política e desde os tempos de faculdade.
Avanços
Na maior parte de sua fala, Temer citou os números que indicam o retorno do crescimento da economia brasileira, a queda da inflação, o avanço das propostas da reforma da previdência e trabalhista no Congresso. ''Não podemos jogar fora todo esse trabalho'', ressaltou o peemedebista.
Temer diz que se a crise se aprofundar, todas os esforços para tirar o país da crise 'serão inúteis'.
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