O cenário de pandemia, com forte redução da atividade produtiva; queda da arrecadação e incertezas quanto ao impacto real e o tempo necessário para a retomada da economia brasileira levaram o governo do Mato Grosso do Sul a uma posição cautelosa quanto aos gastos com pessoal. Se o Estado conseguiu continuar pagando o abano salarial já concedido aos servidores, manteve, por outro lado, um rígido controle sobre o custeio da máquina pública.
“Nossa opção continua sendo pela máxima responsabilidade”, explicou o governador Reinaldo Azambuja. Foi assim – segundo ele – que o estado passou e superou diferentes crises nacionais e momentos de grande dificuldade, sem atrasos ou parcelamento de folha e a manutenção dos serviços públicos essenciais à população.
Azambuja lembrou que, até muito pouco tempo, o risco iminente era o Estado não ter condições para cumprir os seus compromissos. Neste sentido, nos bastidores chegou-se a discutir o parcelamento e até mesmo a redução salarial para categorias específicas, que ganham mais.
Da mesma forma, as dificuldades financeiras levaram o estado a abrir discussão com os demais Poderes, sobre a possibilidade de redução dos repasses de duodécimos, de forma a compartilhar os sacrifícios e as saídas para o problema.
Este quadro não mudou, segundo Azambuja, e ainda depende das medidas compensatórias do governo federal: elas precisam tornar-se realidade, vencendo a tradicional demora da implementação do socorro a estados e municípios.
Na prática, o Mato Grosso do Sul está alinhado aos dos demais estados brasileiros, que este ano praticamente não concederam nenhum tipo de reajuste ao funcionalismo, com raras exceções pontuais, por categorias. Alguns deles, como Minas e Rio Grande do Sul, voltaram ao patamar de não conseguir pagar a folha em dia.
Para Reinaldo Azambuja, agora é preciso concentrar todos os esforços e recursos do poder público no combate à pandemia – em salvar vidas! E neste sentido, apesar dos bons resultados alcançados pelo Mato Grosso do Sul no trabalho de combate a pandemia e na assistência à população, a doença não foi vencida e há riscos reais de um quadro mais grave, tanto no estado quanto no País.
Para o governador Azambuja, o “novo normal “ só será alcançado mais adiante. Até lá, o governo já planeja um processo responsável de recuperação da atividade econômica regional, planejando o retorno com novos protocolos e um eficiente sistema de prevenção, já que a solução sanitária para o problema – a vacina – ainda demora para se transformar em realidade.
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