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12/09/2020 às 16:00, Atualizado em 12/09/2020 às 10:56

Funcionários fantasmas da família Bolsonaro teriam recebido R$ 29 milhões, diz revista

O levantamento mostra que, do total pago aos 286 funcionários que já foram empregados pela família Bolsonaro entre 1991 e 2019, 28% do valor foi depositado na conta de servidores que apresentam indícios de que nunca trabalharam.

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Foto: Mauro Pimentel

A cada R$ 4 pagos pela família Bolsonaro, R$ 1 foi para funcionários fantasmas, investigados de participarem do esquema de rachadinha, que devolveria valores aos empregadores.

O levantamento foi feito pela revista Época. No total, indica a reportagem, R$ 29,5 milhões teriam sido pagos a pessoas que nunca trabalharam nos gabinetes de Jair Bolsonaro (sem partido), Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O levantamento mostra que, do total pago aos 286 funcionários que já foram empregados pela família Bolsonaro entre 1991 e 2019, 28% do valor foi depositado na conta de servidores que apresentam indícios de que nunca trabalharam.

Cerca de 39 desses funcionários são suspeitos de serem fantasmas. Enquanto estavam lotados nos gabinetes de Jair Bolsonaro, Flávio, Carlos e Eduardo, tinham outras profissões. É o caso da filha de Fabrício Queiroz, Nathalia Queiroz, que é personal trainer.

Segundo a revista Época, esses 39 funcionários teriam recebido o valor de R$ 16,7 milhões em salários brutos enquanto trabalhavam com os Bolsonaro, o que equivaleria a R$ 29,5 milhões em valores corrigidos pela inflação do período.

Entre os funcionários suspeitos de serem fantasmas, 17 estiveram no gabinete de Flávio Bolsonaro, outros trabalharam com Carlos Bolsonaro. Quando Jair Bolsonaro era deputado federal, seriam três os funcionários contratados sem trabalharem. A reportagem mostra que nove pessoas teriam passado por mais de um gabinete da família.

Além dos casos envolvendo a família de Fabrício Queiroz, a maioria dos funcionários tem envolvimento com Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro. A maior parte deles é investigada pelo Ministério Público por estarem nos gabinetes de Flávio e Carlos.

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