A medida já estava sendo estimulada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que falou em uma contagem paralela e costuma por em dúvida a capacidade do Tribunal Superior Eleitoral de evitar possíveis fraudes – mesmo que, até hoje, nenhum caso tenha sido comprovado.
Segundo o Estadão, integrantes do Ministério da Defesa admitiram que têm pensado em uma estratégia: os militares devem usar boletins de urna depois do encerramento da votação para fazer uma segunda contagem.
Os BUs são impressos pelas urnas eletrônicas ao fim da votação e mostram o número de votos que cada candidato recebeu, além de brancos e nulos. Os dados são os mesmos computados pelas urnas e enviados ao Tribunal Superior Eleitoral.
Outra possibilidade estudada por militares seria conseguir acesso aos dados repassados pelos tribunais regionais ao TSE.
Ainda de acordo com o jornal, militares que trabalham no Ministério da Defesa e acompanham o processo de “fiscalização das urnas” dizem que o TSE não foi informado sobre a ideia de fazer a contagem paralela. O procedimento não foi oficializado.
Ao jornal, um general explicou que a oficialização do processo defende de uma decisão política do ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
Código fonte das urnas
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, enviou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um pedido para acessar os códigos-fontes dos sistemas eleitorais. Segundo o site Poder 360, o ofício foi classificado como “urgentíssimo”: o prazo à corte para o agendamento é de 2 a 12 de agosto.
Nogueira afirma que a necessidade da resposta se deve ao “exíguo tempo disponível até o dia da votação”. O 1º turno das eleições está marcado para 2 de outubro.
Já o TSE afirma que o acesso aos códigos-fonte do sistema de votação foi aberto em outubro do ano passado, e que todos os mecanismos de auditagem continuam vigentes.
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