O Banco do Brasil anunciou que vai fechar 402 agências bancárias, transformar 379 em postos de atendimento e lançar um plano de aposentadoria incentivada. Ainda serão encerrados os trabalhos em 31 superintendências regionais e haverá uma redução de jornada de trabalho. As medidas foram abordadas na sessão desta terça-feira (22) pelos deputados da bancada do PT na Assembleia Legislativa. João Grandão, Pedro Kemp e Amarildo Cruz são contra as estratégias adotadas, uma vez que causarão desempregos e a instituição bancária perderá força no mercado financeiro.
“Creio que foi uma decisão atropelada e quem pagará por isso são os trabalhadores. A situação ainda é pior, pois o Banco do Brasil foi o primeiro banco a operar no País e sua função social é uma das mais valiosas. Além disso, os fechamentos das agências e das superintendências afetarão diversos setores da economia”, avaliou João Grandão na tribuna.
Com a reestruturação, haverá redução de 9,3 mil vagas no quadro do banco. “O fato é preocupante e as medidas são neoliberais. Sabemos que o desemprego vai desacelerar ainda mais a economia. Portanto, o que estamos assistindo vai contra a retomada do crescimento do Brasil. É um ato sendo tomado de cima para baixo, ou seja, sem consultar a população”, disse Kemp.
Amarildo classificou as ações como alternativas para desequilibrar as oportunidades que foram feitas aos brasileiros nos últimos anos. “Todo País tem um banco ou uma estatal voltada para o compromisso social. No Brasil querem acabar com as instituições financeiras que possuem um papel diferenciado, a responsabilidade social. Isso interessa aos concorrentes do Banco do Brasil, menos aos trabalhadores brasileiros”, concluiu Amarildo.
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