Com a abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia no Senado Federal, deputados estaduais avaliam não ver motivos para abrir uma frente de investigação semelhante contra o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). Prefeitos e os chefes de Executivos estaduais estão na mira da comissão em relação a repasses de recursos federais para combater a Covid-19.
Para Pedro Kemp (PT), ainda não há fato determinado para abrir um grupo na Alems (Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul). “Neste momento, não há nenhum indício de irregularidade”, frisou.
O petista diz que a Casa já acompanha os atos do governo, solicitando informações por meio de requerimento. “Se houver algum fato novo, podemos propor”, afirmou.
Barbosinha (DEM) também acredita que não há suspeitas para motivar uma investigação dos parlamentares.
“Penso que o governo já está sendo acompanhando pela CGU [Controladoria-Geral da União], o TCE [Tribunal de Contas do Estado] e a Assembleia. Mas não podemos abrir uma CPI com base em ilações, se não viraria uma coisa indiscriminada”, avalia.
Já Cabo Almi (PT) diz que a CPI do Senado já tem abrangência, por incluir prefeitos e governadores. “Aqui no Estado já temos acompanhado. Estamos questionando sobre os hospitais de campanha, da falta de leitos. Mas surgindo uma denúncia, temos que apurar rigorosamente”, aponta.
O deputado também não enxerga motivos para investigar Reinaldo no momento. “Ainda não, senão seria uma caça às bruxas. Mas onde há fumaça, há fogo. Tendo motivo, a Assembleia deve abrir uma CPI”, frisou.
Líder do PSDB na Casa, Rinaldo Modesto acredita que a apuração no Congresso Nacional já é suficiente. “Essa CPI vai atingir o Brasil inteiro. Esperamos que chegue a esclarecer alguns pontos”, afirmou, lembrando que a Assembleia criou comissão temporária para acompanhar os atos do governador.
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