O ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, Carlos Marun (filiado ao MDB), retornou ao posto de conselheiro de administração da Itaipu Binacional, após uma série de polêmicas envolvendo sua nomeação. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e assinadas pelo presidente, Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro de Minas e Energia, Bento Alburquerque, que também terá cargo semelhante na maior usina de hidrelétrica do mundo.
Em nota, Marun afirma que a nomeação é um reconhecimento ao "bom trabalho que venho executando em apoio a excelente gestão desenvolvida pela Diretoria Executiva na condução dos destinos da empresa. A vejo também como um reconhecimento por parte do sr. Presidente da importância do fato de Mato Grosso do Sul manter um dos seus como parte das altas decisões tomadas pela empresa, neste momento em que a Binacional realiza importantes investimentos estratégicos em nosso Estado, em especial a Ponte Bioceânica".
Polêmica
A primeira nomeação de Carlos Marun como conselheiro de Itaipu ocorreu no último dia de governo do ex-presidente, Michel Temer. Porém, a nomeação foi questionada por uma ação popular e o Ministério Público Federal. Em primeira instância, o pedido foi negado, mas na segunda, o relator do processo, o desembargador federal, Rogério Favreto, suspendeu o ato de nomeação em limitar, no mês de março de 2019.
Por fim, no julgamento de mérito do Tribunal Regional Federal, a decisão foi revertida, mas até então, Bolsonaro não tinha sinalizado o desejo de reconduzir o ex-ministro ao caso. Nos bastidores, a ação pode ser vista como uma aproximação do presidente ao bloco do Centrão.
Além de Marun e o ministro Bento Albuquerque, também foram reconduzidos aos cargos de conselheiros, Célio Faria Júnior e Wilson Pinto Ferreira Junior.
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