O Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou 21 investigados, alvos da segunda fase da Operação Snow, por tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção, entre outros. Entre os denunciados, está um policial civil e dois advogados, que faziam parte do esquema criminoso.
A segunda fase da Operação Snow foi deflagrada no dia 15 de janeiro, pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) quando foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão, em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Piratininga (SP).
Com base nas investigações, que começaram há mais de um ano, o Gaeco descobriu que a organização criminosa atuava no tráfico de cocaína, com participação de policiais civis, que repassavam informações sigilosas e também faziam transporte da droga em viaturas oficiais, advogados que coptavam servidores corruptos, entre outros.
O Gaeco identificou que a organização criminosa fazia o transporte em compartimentos ocultos de caminhão frigoríficos, devido a maior dificuldade de fiscalização policial nas cargas perecíveis, onde o baú refrigerado é lacrado. Essas informações culminaram na primeira fase da operação, deflagrada em março de 2024.
Na ocasião, foram cumpridos 21 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão, com objetivo era desmantelar quadrilha envolvida com o tráfico de cocaína em Campo Grande e que tinha entre seus membros policiais civis – que faziam o transporte do entorpecente de Ponta Porã até a Capital.
Durante o cumprimento dos mandados, duas pessoas foram presas por posse ilegal de armas, incluindo uma pistola 9 mm, de uso restrito.
Segundo o MPMS, a organização criminosa é extremamente violenta, resolvendo muitas de suas pendências, especialmente questões relacionadas à perda de cargas de drogas e a desacertos do tráfico, com sequestros e execuções, muitas vezes de seus próprios integrantes.
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