PM da reserva é preso com fuzil após perseguição e confronto na fronteira

Uma abordagem policial de rotina se transformou em uma perseguição tensa e cercada de confusão na tarde de sábado (1º), em Ponta Porã. O caso envolveu um policial militar da reserva, de 44 anos, que acabou preso após resistir à ação e ser flagrado portando um fuzil.

Segundo o site Ponta Porã News, a ocorrência teve início na Rua Urumbela, nas proximidades de um posto de combustíveis, quando uma equipe da Polícia Militar tentou abordar os ocupantes de dois veículos. Durante a ação, os agentes perceberam que um dos homens estava armado com um fuzil.

Ao ser interpelado, o suspeito se identificou como militar e tentou encerrar a abordagem dizendo: “Sou papa mike, tá tranquilo” — jargão usado entre policiais para indicar que pertence à corporação.

Fuga e confronto

Enquanto os policiais aguardavam reforço, os motoristas começaram a sair do local. O Volkswagen Golf conduzido pelo PM aposentado foi abordado, mas o homem apresentou sua carteira funcional e tentou impedir a revista, afirmando: “Sou policial e já falei, todo mundo me conhece.”

Questionado sobre a arma de grosso calibre, o militar permaneceu em silêncio. No momento em que uma nova viatura chegou para dar apoio, o suspeito ligou o carro e arrancou bruscamente, chegando a arrastar um dos policiais. Outro agente efetuou disparo contra o pneu, mas, mesmo com o veículo danificado, ele conseguiu fugir até sua residência.

Cerco e rendição

Ao chegar em casa, o policial da reserva tentou fechar o portão eletrônico, mas foi impedido pela equipe. De acordo com o boletim de ocorrência, ele desceu do carro com o fuzil nas mãos e chegou a apontar a arma para os militares. Com a chegada de várias viaturas, a casa foi cercada, e o suspeito acabou se rendendo sem ferimentos.

Durante as buscas, foram apreendidos o fuzil e dois carregadores, além de uma pistola PT 840 e diversas munições. O veículo foi levado para perícia.

Antes de ser conduzido à delegacia, o policial aposentado ainda provocou os colegas dizendo: “Vocês vão responder. Não tem como colocar só esses novinhos pra trabalhar.” Ele também tentou descobrir o nome dos agentes que participaram da operação.

O suspeito foi encaminhado ao 4º Batalhão da Polícia Militar, junto com as armas apreendidas, e posteriormente levado à Delegacia de Polícia Civil. O caso foi registrado como posse ou porte ilegal de arma de fogo, e segue sob investigação.