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17/12/2025 às 14:30, Atualizado em 17/12/2025 às 12:32

Novo RG avança em MS e se aproxima de 600 mil documentos

Para 2026, o Instituto de Identificação trabalha com plano de expansão que inclui novas unidades, fortalecimento de mutirões em áreas rurais e indígenas

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Divulgação

Mato Grosso do Sul segue avançando na ampliação do acesso à cidadania por meio da emissão da CIN (Carteira de Identidade Nacional), documento que substitui o antigo RG e adota o CPF como número único de identificação. Em 2025, o Estado já contabiliza 326.572 emissões, superando o volume registrado no mesmo período de 2024, quando foram produzidas 291.038 identidades. A projeção é encerrar o ano com crescimento entre 12% e 15% na emissão do novo modelo.

Desde o início da implantação, em janeiro de 2024, Mato Grosso do Sul somou 592.950 documentos emitidos, alcançando cerca de 20% da população estadual. O resultado reflete a interiorização do serviço, a modernização dos processos e a expansão da rede de atendimento, com integração entre instituições para reduzir burocracias e facilitar o acesso da população.

De acordo com o diretor do Instituto de Identificação da Polícia Científica, Daniel Ferreira Freitas, a melhoria no fluxo e na tecnologia aplicada ao serviço tem impactado diretamente a experiência do cidadão. “Hoje o cidadão chega ao posto com os documentos originais, faz a biometria no próprio atendimento e sai com o processo encaminhado em menos tempo. A implantação do sistema online e a ampliação da rede tornaram o atendimento mais rápido, simples e acessível para a população”, destacou.

Em 2024, Mato Grosso do Sul contava com 89 postos de identificação. Em 2025, foram inauguradas quatro novas unidades, totalizando 93 postos em funcionamento. Dois deles estão em Campo Grande, no Hiper Center Itanhangá e no Shopping Norte Sul, um em Corumbá e outro em Santa Rita do Rio Pardo.

O Estado também finaliza a abertura de novos postos em Três Lagoas e Dourados e ampliou os guichês de atendimento em Dourados, fortalecendo a rede no interior. Parte da expansão ocorre por meio de agências integradas ao Detran-MS, modelo que otimiza estrutura física, reduz deslocamentos e amplia a oferta de serviços em pontos estratégicos.

Com o reforço na rede, houve aumento de mais de 300 novos agendamentos diários em relação a 2024. Atualmente, Mato Grosso do Sul disponibiliza mais de 2.500 vagas por dia para confecção da CIN, ampliando o alcance do serviço à população.

Outro avanço foi a implantação do sistema online em todos os postos, reduzindo o tempo médio de atendimento de 30 a 40 minutos para 15 a 20 minutos. O novo modelo também eliminou a necessidade de foto 3x4 e de cópias de documentos, que passaram a ser digitalizados no momento do atendimento, reduzindo custos e desburocratizando o serviço.

Em 2025, o Instituto de Identificação realizou mais de 130 ações itinerantes, com emissão de mais de 10 mil documentos em mutirões voltados a populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas, comunidades rurais e pessoas em situação de vulnerabilidade social. O atendimento também foi ampliado no sistema prisional, com estimativa de cerca de 1.000 emissões ao longo do ano.

A CIN conta com QR Code para validação, código MRZ no padrão utilizado em passaportes e versão digital disponível no aplicativo gov.br. A integração com bases federais reforça a segurança do documento, reduz riscos de fraude e facilita o acesso do cidadão a serviços públicos em todo o território nacional.

Para solicitar a CIN, é necessário realizar agendamento prévio pela internet, por meio do site da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública): servicos.sejusp.ms.gov.br. No portal, o cidadão escolhe o serviço, a data, o local e o horário do atendimento.

Para 2026, o Instituto de Identificação trabalha com plano de expansão que inclui novas unidades, fortalecimento de mutirões em áreas rurais e indígenas, criação de estações de atendimento em presídios e projeto piloto de identificação neonatal, ampliando ainda mais a cobertura do serviço.

O coordenador-geral de Perícias da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, José de Anchiêta Souza Silva, ressaltou o impacto social da política de identificação civil. “A identidade é a porta de entrada para o exercício da cidadania. Quando o Estado amplia esse acesso, garante que as pessoas possam estudar, trabalhar e acessar políticas públicas com dignidade e segurança”, afirmou.

Com investimentos contínuos, modernização tecnológica e interiorização do atendimento, Mato Grosso do Sul consolida a CIN como instrumento essencial de cidadania e gestão pública, alinhado ao cronograma nacional de implementação do documento.

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