O advogado Alexandre França Pessoa, 42 anos, preso temporariamente na manhã deste domingo (2) por suspeita de envolvimento no assassinato de Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, teve uma crise de hipertensão na delegacia e foi levado para o Hospital da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Mato Grosso do Sul). Ficou em observação sob escolta policial.
A prisão dele foi em Nova Andradina, vizinha a Batayporã, onde a vítima foi achada morta, à beira da MS-276, entre as duas cidades, na manhã da última quinta-feira (29). A defesa do suspeito, Júlio César Evangelista Fernandes, disse em entrevista ao Campo Grande News que a prisão de seu cliente foi desnecessária.
“Ainda não tive acesso aos autos do inquérito, estou aguardando cópia para impetrar habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça. Ele não está atrapalhando a investigação. Foi passivo durante buscas e apreensão em sua casa e durante a prisão também. Essa prisão de nada contribui. Ele não tem perfil homicida”, pontuou.
A defesa confirmou que Alexandre tinha relacionamento com a vítima desde 2019. “Era público e notório o relacionamento dos dois”, completou.
Entrevista Coletiva
Ainda neste domingo, o delegado de Batayporã, responsável pelas investigações, Dr. Filipe Davanso Mendonça, disse em entrevista coletiva a imprensa, que 15 pessoas já foram ouvidas. Umas como suspeitas e outras como testemunhas, porém não deu detalhes sobre o conteúdo dos depoimentos para não atrapalhar as investigações, mas segundo o policial, pelo que foi apurado até o momento o crime teria sido passional.
Na entrevista o Delegado ainda disse que a vítima foi morta com um objeto cortante entre as 19h a 20horas de quarta-feira, dia 28 de abril, mas não deu detalhes da arma utilizada. O corpo da vítima foi encontrado na manhã de quinta-feira.
'A principal suspeita da polícia é de que o crime tenha motivação passional, contudo, as circunstâncias do feminicídio ainda estão sendo apuradas. Também não está descartada a participação de outra pessoa no crime. Uma lesão nos dedos da vítima indicam que ela tentou se defender do ataque', disse o Delegado. O advogado apontado como suspeito, ainda não prestou depoimento.
Questionado pelo Nova Noticias sobre o aparelho celular da vítima, ele disse que o mesmo ainda não havia sido encontrado. As investigações continuam com a participação dos investigadores da SIG de Nova Andradina e policiais civis de Batayporã.
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