O Vaticano afirmou, neste domingo (24), que expulsou seu primeiro controlador-geral de finanças, demitido em junho sem dar explicações, porque ele havia espionado funcionários do clero.
Em uma entrevista, o ex-controlador-geral afirmou ter sido pressionado a deixar o cargo devido a suas investigações sobre atividades ilegais. “Não me demiti voluntariamente. Fui ameaçado de ser preso”, denunciou Libero Milone na entrevista pulicada pelo jornal italiano Il Corriere della Sera.
Suas declarações provocaram uma reação do Vaticano, que publicou uma nota sobre o assunto. “O escritório de Milone recorreu ilegalmente a uma empresa externa para investigar a vida privada dos membros da Santa Sé”, informou o Vaticano.
“Isso alterou irremediavelmente a confiança depositada em Milone que, quando confrontado com suas responsabilidades, aceitou renunciar”, afirmou a Igreja Católica, que raramente comenta publicamente seus assuntos internos.
Auditor financeiro, o italiano foi instruído em maio de 2015 a realizar, com “plena autonomia e independência”, o controle financeiro dos ministérios da Cúria e das administrações da governança da cidade do Vaticano.
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