Uma usina de Angélica é investigada por um incêndio que atingiu 3.397 hectares em agosto deste ano. O inquérito civil foi aberto pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e publicado nesta sexta-feira (3). O fogo alcançou propriedades rurais, APPs (Áreas de Preservação Permanente) e RLs (Reservas Legais).
Segundo laudo do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), as chamas tiveram origem durante a colheita de cana-de-açúcar, em uma fazenda sob administração da usina.
Devido à intensidade e à rápida propagação, o incêndio durou dois dias, mesmo com a atuação das brigadas. O CPAmb (Núcleo de Georreferenciamento do Comando de Policiamento Ambiental) analisou imagens de satélite e focos de calor, confirmando que o fogo começou exatamente no ponto onde uma colheitadeira foi encontrada queimada.
Do total de 3.397,679 hectares atingidos, 3.108,734 eram de área agropastoril, 282,945 de vegetação nativa em APP e RL, além de seis hectares de floresta cultivada.
A usina foi notificada a apresentar um PRADA (Projeto de Recuperação de Área Degradada) para as áreas de vegetação nativa e recebeu multa de R$ 12 milhões aplicada pelo Imasul. Além das sanções administrativas, o MPMS requisitou à Delegacia de Polícia de Angélica a instauração de inquérito policial para apurar crimes ambientais previstos no artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais.
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