O horário de pico do consumo de energia elétrica mudou nos últimos anos no Brasil e agora ocorre antes das 19h, alerta especialista no assunto. Com a crise hídrica, economizar é mais que necessário para evitar um blackout.
Segundo Hewerton Martins, presidente da Associação Movimento Solar Livre, o perfil de consumo da energia mudou com o tempo.
‘’O comportamento de consumo vem caminhando para dentro do dia, ficando o pico por volta das 15h’’, constata o especialista.
Segundo Hewerton, estudo da Empresa de Pesquisa Energética mostra que as indústrias trouxeram as operações da noite mais para o dia. Isso porquê as empresas tinham de ligar geradores a diesel para funcionar e isso encarecia o processo.
‘’Apesar disso, o preço da energia continua mais caro no horário da noite. O governo deveria atualizar isso e o horário mais caro deveria ser outro agora’’, refletiu Martins.
Ainda segundo Martins, o pico do consumo de energia é observado pelo Operador Nacional do Sistema e inclui todos os setores, sendo indústria, comércio e residencial.
‘’E o gráfico mostra que o consumo de todos os setores às 15h está lá em cima’’, observa o dirigente.
Sendo assim, Hewerton reflete que o fim do horário de verão não influenciou muito na economia da energia elétrica. Ele apela para que os consumidores reduzam o consumo em todos os horários, mas sobretudo à tarde.
‘’Isso é para evitar blackout, que é quando o consumo é maior do que a energia produzida naquele momento e aí o sistema se desliga automaticamente por proteção’’, detalha Hewerton.
Martins confirma as informações do governo e reforça que a crise hídrica – a maior dos últimos 91 anos - é a responsável pela implantação das bandeiras tarifárias, que encarecem as contas.
Geração própria
Hewerton destaca que seria interessante a população gerar a própria energia. Ele detalha que, no horário das 15h, que hoje é o pico do consumo, os raios solares são mais intensos e poderiam ser captados por meio das placas solares, reduzindo custo na fatura e evitando um colapso no sistema.
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