O 'auxílio diesel ', anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira (21), como forma de compensar a disparada no preço dos combustíveis não agradou caminhoneiros de todo Brasil, que anunciaram uma greve para 1º de novembro.
A proposta do governo federal promete beneficiar cerca de 750 mil caminhoneiros com um auxilio de R$ 400, a partir de dezembro deste ano, até o final de 2022.
Apesar de insatisfeitos com a proposta e principalmente com a política econômica adotada pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, caminhoneiros de Mato Grosso do Sul, garantiram que continuarão rodando, mesmo diante da possível paralisação nacional.
“Estamos procurando não fazer nada, porque não é o momento. Dizem que vão dar 400 reais para a categoria, mas isso não adianta nada, não dá 80 litros de óleo diesel. O paspalho do Guedes não serve para administrar uma casa, fala na televisão um monte de coisa que ninguém entende. Sem a gente o País para, e quem vai sofrer não são os que estão na televisão e sim os que os que já estão sofrendo e comendo osso. Nós da classe autônoma não vamos parar”, confirmou OsnyBellinati, presidente do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens no Estado de Mato Grosso do Sul).
O presidente do Setlog-MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul), Cláudio Cavol, também disse que não há intenções da classe em paralisar as atividades em Mato Grosso do Sul, classificando as movimentações nacionais como casos isolados.
“Não vamos parar. Essa conversa de paralisação é uma ideia de uma liderança isolada no Brasil, os transportadores, os autônomos e logísticos vão continuar com os trabalhos e não tem nem conversas no sentido de paralisação”, garantiu Cavol.
A nível nacional, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA) manifestaram apoio ao movimento grevista.
Em nota conjunta, as entidades que representam 855 mil caminhoneiros autônomos e celetistas no país, alegam que é necessário mudar urgente esse cenário porque “o povo brasileiro não suporta mais essa cadeia consecutiva de aumentos nos combustíveis e gás de cozinha”.
Entre as reivindicações os caminhoneiros exigem que o Governo Federal faça uma revisão da política de preços da Petrobras e atualização da tabela de piso mínimo de frete.
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