Maior programa de assistência do país, o Bolsa Família recebeu 20.836 novas famílias de Mato Grosso do Sul durante a pandemia da covid, conforme dados do Ministério da Cidadania.
Em agosto de 2021, o número de famílias beneficiadas pelo programa chegou a 134.246 (cerca de 15% da população do Estado), alta de 18,4% em relação a março de 2020. A maioria ingressou, justamente, em abril de 2020 — mês seguinte após a pandemia chegar a MS, quando o programa recebeu 17.272 novos beneficiários.
O número de beneficiários estava diminuindo desde maio de 2019, mês que registrou 130.431 famílias cadastradas em MS. Quando o coronavírus chegou ao Estado, em março de 2020, eram 112.997 inscritos, o menor número desde abril de 2009.
O número máximo de beneficiários chegou a 134.245, e se manteve nesse patamar de abril de 2021 a julho de 2021 — os atuais 134.246.
Desde que o programa foi instalado, em janeiro de 2004, o número de beneficiários em Mato Grosso do Sul quase quadruplicou. De lá para cá, o total de pessoas assistidas saltou de 27.824 para 133.833.
Em nota, o Ministério da Cidadania informou que à medida que famílias são desligadas do programa, aquelas habilitadas, ainda não selecionadas, são incluídas gradualmente, por meio de sistema informatizado, observando e cumprindo a disponibilidade orçamentária e a estimativa de pobreza para cada local, além de considerar a ordem de prioridade das famílias.
Dados demográficos
Os dados do CadÚnico apontam que MS tem 123.364 famílias em situação de extrema pobreza. Outras 51.656 estão em situação de pobreza e 124.039 são consideradas de baixa renda.
O Ministério indica que o valor médio repassado às famílias sul-mato-grossenses é de R$ 87,26.
Auxílio Brasil: o substituto
O Bolsa Família passa por reformulação e será substituído pelo Auxílio Brasil a partir de novembro, conforme prevê a Medida Provisória 1.061, de 9 de agosto de 2021. Além de ampliar em cerca de 3 milhões o número de beneficiários, o novo programa também deve pagar até R$ 300 por família.
A medida visa continuar prestando assistência aos 'órfãos' do Auxílio Emergencial. Então, a expectativa do governo é de que as mudanças sejam colocadas em prática em novembro, quando encerram os pagamentos do Auxílio Emergencial.
Para o Ministério da Cidadania, o novo programa "estabelece novos critérios que vão fortalecer a rede de proteção social e criar oportunidades de emancipação para a população em situação de vulnerabilidade. Esse trabalho leva em conta uma série de programas já existentes, não só o Programa Bolsa Família (PBF). O objetivo é ampliar o número de beneficiários, incluindo aqueles que são habilitados ao PBF, de acordo com a disponibilidade orçamentária".
Com informações do Midiamax
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