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28/09/2025 às 10:03, Atualizado em 27/09/2025 às 18:26

Entidade religiosa é investigada por utilizar Ayahuasca como tratamento para dependentes químicos em MS

De acordo com a denúncia, o serviço era feito mediante pagamento de "altos valores", utilizando substâncias psicoativas sem autorização legal e suporte sanitário.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou uma investigação contra uma organização religiosa de Campo Grande, após denúncias de que o local estaria promovendo práticas irregulares relacionadas à reabilitação de dependentes químicos. A informação é do g1 MS.

De acordo com a denúncia, a entidade estaria oferecendo a "internação de pessoas sob a promessa de reabilitação", mediante cobrança de "altos valores", utilizando Ayahuasca e outras substâncias psicoativas não apenas em rituais religiosos, mas também no serviço de acolhimento, possivelmente sem seguir as normas exigidas para tratamentos de desintoxicação.

Inspeções preliminares apontaram a coexistência de práticas religiosas — com uso de Ayahuasca, rapé e jurema — e de atividades voltadas à reabilitação, realizadas por meio da convivência entre os internos, sem acompanhamento de profissionais de saúde. Essas constatações motivaram a abertura formal da investigação.

A Promotoria entende que, ao cobrar por tratamentos de reabilitação, a organização assume funções de uma comunidade terapêutica e se submete às normas sanitárias e ao Código de Defesa do Consumidor.

O representante legal da organização foi notificado e deverá prestar esclarecimentos no prazo de 10 dias úteis. O objetivo é apurar se o funcionamento da entidade como comunidade terapêutica está em desacordo com as normas sanitárias vigentes.

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