O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nota oficial na sexta-feira destacando a rápida identificação e resposta eficaz ao caso isolado de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul. Segundo a pasta, as ações imediatas de isolamento, controle e erradicação do foco demonstram a robustez do sistema de inspeção sanitária brasileiro.
O Mapa reafirmou o compromisso com a transparência e a responsabilidade na garantia da qualidade e da sanidade dos produtos de origem animal exportados pelo país. Conforme a nota, eventuais restrições à exportação seguirão estritamente os acordos sanitários previamente estabelecidos com os parceiros comerciais.
O ministério também ressaltou que tem atuado para ampliar a aceitação internacional do princípio de regionalização, recomendado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Esse princípio permite que apenas áreas específicas ao redor de focos identificados — como um raio de 10 quilômetros — tenham restrições sanitárias, preservando o comércio das demais regiões do país.
Apesar dos esforços, o Mapa reconhece que há diferentes níveis de aceitação desse critério por parte dos parceiros internacionais. Enquanto países como Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas já reconhecem a regionalização no caso da IAAP, outros, como China e União Europeia, ainda adotam restrições mais amplas, aplicáveis ao território nacional como um todo.
O Brasil, maior produtor e exportador mundial de carne de aves, defende que sua grande extensão territorial e as distâncias entre regiões justificam o reconhecimento internacional da regionalização como estratégia sanitária eficaz e segura.
Na nota, o Mapa assegura que não há restrição generalizada das exportações de produtos avícolas do Rio Grande do Sul, enfatizando que as medidas adotadas estão em plena conformidade com os protocolos internacionais. A pasta também agradeceu a confiança dos parceiros comerciais no sistema sanitário nacional e colocou seu corpo técnico à disposição para quaisquer esclarecimentos.
"Quando as exigências estão relacionadas à sanidade e à qualidade dos produtos, o Brasil se compromete a seguir rigorosamente os protocolos internacionais estabelecidos, garantindo a segurança e a confiança dos nossos parceiros comerciais", conclui o comunicado.
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