Nossa Língua Portuguesa é bela, viva e eficaz. Tem vida própria. Traça seus próprios caminhos, se transformando, evoluindo, mudando naturalmente, em perfeita harmonia com todos aqueles que dela necessitam e fazem uso. Qualquer tentativa de romper esse processo natural, como a ameaça insana de enxertar nela a “linguagem neutra”, é uma afronta. Um crime não apenas com a língua, mas com todo o povo brasileiro. Uma afronta à Nação que sempre preservou e respeitou suas tradições e sua cultura.
Ainda mais quando as justificativas para tais mudanças são de que a Língua Portuguesa é “machista”, “preconceituosa” e “discriminatória”. Isso porque, se refere, por exemplo, a determinados grupos de pessoas (homens e mulheres) como: “todos”, como se referisse apenas ao gênero masculino. As críticas chegam até as Escrituras Sagradas como em: “Deus criou o homem...” Reclamam que até aí há discriminação à figura da mulher.
E vão ainda mais longe. Pessoas que não se identificam com os gêneros masculino e feminino, que fazem parte da comunidade LGBTQIA+ querem criar pronomes, substantivos e adjetivos neutros, pois acreditam que somente dessa forma uma multiplicidade de identidades de gênero seria enfim contemplada gramaticalmente.
Lutam para criar um “Frankenstein” com a Língua Portuguesa, como se ela fosse a responsável pela discriminação e o preconceito às ideologias de gênero. Se esquecem que o respeito não é algo que se impõe, mas se conquista. E respeito não vem da gramática, mas do berço, da educação que é dada pela família na sociedade.
Querem implantar a linguagem neutra a qualquer custo. Na marra, se necessário. Em alguns pontos do país eles começam a infringir a lei para conseguir o intento. Um dos casos mais recentes ocorreu em Fortaleza, onde repartições públicas do município amanheceram com cartazes com linguagem neutra e o que é pior, violando leis e direitos de cidadãos e cidadãs sobre o uso de banheiros. Favorecendo a ideologia de gênero.
Como se não bastassem as tentativas diversas de mudar a Língua Portuguesa para favorecer uma minoria que não se sente prestigiada, comenta-se que a Rede Globo de Televisão vai lançar brevemente uma novela com essa famigerada linguagem neutra. Mais uma vez essa emissora perde grande oportunidade de trabalhar temas edificantes que fortaleçam o indivíduo, a família, a sociedade, com temas importantes de fato, alicerçados em bons princípios morais e espirituais.
A ameaça é internacional. A Academia Francesa mostrou sua contrariedade à iniciativa de se criar a linguagem neutra, descrevendo o dialeto como uma “aberração linguística” que representaria “perigo mortal” à conservação do idioma francês.
Em Santa Catarina, a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC) comentou sobre o assunto: “Mesmo a França, que é o berço do pensamento de esquerda moderna, de onde vêm as ideias progressistas, socialistas, estabeleceu uma normativa para salvar seu idioma”.
No telão do Plenário da Assembleia Legislativa de seu Estado ela apresentou imagens de uma prova de Biologia de um colégio da capital catarinense que aparece a palavra “alune” ao invés de aluno. Também destacou uma publicação da UDESC, convidando para uma “roda de egresses”, ressaltando que “todes estão convidades”. Quanta aberração!
Vale ressaltar que antes de um acordo ortográfico ser firmado, a comunidade deve se reunir, discutir, debater e concordar em pelo menos 50%. As mudanças percebidas são analisadas, profundamente estudadas até à exaustão e só então são propostas.
A mudança de 2009, por exemplo, ano em que o Novo Acordo Ortográfico entrou em vigor, começou a ser pensada desde 1990. Foram necessárias décadas de estudos e mais alguns anos para sua adaptação. Além disso, visava beneficiar não só o Brasil mas também outros países que falam a mesma língua. E para que ninguém duvide da dimensão dessa ameaça, analise esse texto elaborado pela Brasil Paralelo, com base nas propostas para a linguagem neutra: "Todes es leitoris que forem amigues de lingue portuguese, que estiverem habituadix aus clássices, que prezarem peli usi d@ gramátic@ em sue melhor forme, estranharãx esti novi formate di escritx". Por essas e outras é que não podemos permitir que essa aberração se alastre pelo país e tome conta da nossa querida Língua Portuguesa.
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