Os organizadores das Olimpíadas de Tóquio estimam um acréscimo no orçamento de US$ 1,9 bilhão, cerca de R$ 9 bilhões e 808 mil (em cotação deste domingo, 29/11), por causa do adiamento dos Jogos em função da pandemia de Covid-19, segundo o jornal japonês Yomiuri. E isso sequer inclui os gastos com medidas contra a disseminação do coronavírus, e sim outras providências, como o pagamento aos funcionários, a manutenção de arenas e a criação de novos sistemas para reembolso de passagens. O evento, orçado inicialmente em US$ 12,6 bilhões (R$ 65 bilhões), passou portanto a custar US$ 14,5 bilhões, ou cerca de R$ 75 bilhões.
Apesar de alto, o valor é inferior ao estimado inicialmente, de US$ 2,7 bilhões, cerca de R$ 14 bilhões na cotação atual, como foi informado pelo jornal japonês especializado em economia Nikkei em março, ainda no início da pandemia. Segundo as novas informações, esse número foi reduzido simplificando alguns eventos.
Os organizadores dos Jogos tiveram ainda que renegociar inúmeros contratos. No orçamento original, o dinheiro do setor privado representou US$ 5,6 bilhões (R$ 29 bilhões), e o resto é dinheiro público. Tóquio gastou pelo menos US$ 7 bilhões (R$ 36 bilhões) com arenas permanentes e temporárias (85% disso é dinheiro público). A mais cara foi o novo estádio nacional, um projeto que chegou ao custo de US$ 1,43 bilhão (R$ 7,3 bilhões). O COI, que fica na Suíça, contribuiu com US$ 1,3 bilhão (R$ 6,7 bilhões).
O comitê organizador decidirá sobre a divisão do orçamento adicional em dezembro, após discussões com o governo metropolitano de Tóquio e o governo central, disse o jornal.
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