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08/03/2013 às 14:50, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Nem patrocínio e transmissão ao vivo conseguem lotar estádios em MS

Nova Notícias - Todo mundo lê

Parte de arquibancada completamente vazia em partida do Comercial e Novoperário, no dia 20 de fevereiro. O patrocínio de uma multinacional e a transmissão ao vivo pela televisão não foram suficientes para alavancar o futebol sul-mato-grossense. O número de torcedores nos estádios durante o Campeonato Estadual cresceu, comparado ao ano passado, mas ainda é considerado irrisório.

 

Embasado nos borderôs divulgados pela FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), o Campo Grande News chegou a média de público pagante nos estádios: 525,71 torcedores nas dez rodadas da edição deste ano. Já no ano passado, a média era de 448,27 pessoas que pagaram para assistir aos jogos das primeiras dez rodadas. A edição completa de 2012 teve média de 532,98 torcedores.

 

Foram desconsideradas 12 partidas do ano passado que estão publicadas no site da entidade com borderôs de jogos realizados neste ano. O vice-presidente da FFMS, Marco Tavares, explicou que pode ter sido “um erro de programação do site”.

 

Já a média de público pagante em Campo Grande é ainda menor: 456,30 torcedores nas mesmas dez rodadas. Tavares acredita que a presença do público em todo o Estado subiria se houvesse maior apoio na Capital. “Se conseguisse melhor público em Campo Grande, passaria de mil a média. Não tem resposta positiva do torcedor”, avalia.

 

Tavares cita a partida entre Corumbaense e Itaporã, que foi realizada em Campo Grande no ano passado pela segunda rodada e recebeu só 86 torcedores no Morenão, partida com o menor número de pessoas no estádio. “Se fosse em Corumbá, daria três, quatro mil pessoas”, avalia.

 

A fase dos times em campo também não tem contribuído para angariar torcedores. O Novoperário não sabe o que é vitória há cinco partidas e o Comercial briga para não cair para a Série B pelo segundo ano consecutivo. A melhor campanha do Estadual é a do Cene, que tem média de 393,6 torcedores. “Os times não têm montado boas equipes”, reclama.

 

Se os números na Capital são ruins na edição deste ano, no ano passado a situação era pior. A média até a 10ª rodada era de 126 torcedores. No final do torneio, o público pagante foi de 186 pessoas. Em 2012 o futebol de Campo Grande foi representado por Cene, Comercial e MS Saad, times que não apresentam força nas arquibancadas.

 

Inexpressivo, o MS Saad teve média de 89,3 torcedores no ano passado. O clube com melhor média foi o campeão Águia Negra, que reuniu 1.114 torcedores. Em 2013, nenhum clube teve média com mais de mil pessoas. O melhor público até agora é do Misto de Três Lagoas, com 849,6 torcedores. A pior é da Serc com 177,5 pessoas no estádio.

 

 

Cene tem média de 393,6 torcedores por jogo na edição deste ano do Estadual (Foto: Arquivo/João Garrigó)A situação é curiosa no grupo B. O time que tem levado mais torcedores é o lanterna Corumbaense, com média de 762,5 torcedores. Quem não empolgou o torcedor foi o Itaporã, líder do grupo, com média de 383,4 pessoas.

 

Entre os times da Capital o melhor público é do Comercial, que faz a pior campanha entre os três clubes. O Colorado tem média de 631,75 pessoas. O Cene aparece em segundo com média de 393,6 pessoas. O Novoperário tem média de 359,25 pessoas que pagaram para ver os jogos do time.

 

O jogo com melhor público pagante do Estadual foi a da abertura entre Comercial e Cene com 1.615 pessoas no estádio Morenão.

 

O Misto foi o time que mais se aproveitou da comercialização de ingressos nas bilheterias. O time de Três Lagoas faturou até agora R$ 57.879,00. A diferença é absurda para o Corumbaense, segundo colocado no ranking. O Carijó teve o retorno de R$ 28.720,00, R$ 360,00 a mais do Aquidauanense.

 

A pior renda nas dez primeiras rodadas é a da Serc com R$ 5.895,00. Entre os times da Capital, novamente o Comercial aparece em primeiro com R$ 18.150,00. O Cene faturou R$ 15.227,00, enquanto os torcedores do Novoperário pagaram R$ 13.330,00 para ver o time.

 

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