As punições aplicadas pelo TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) que alcançam os R$ 18 mil em multas, mais 10 mandos de jogos, podem excluir o Operário do futebol profissional de Mato Grosso do Sul. A afirmação é do vice-presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Marco Antonio Tavares, que considerou justa a punição. E lembrou que se a multa não for paga até antes do próximo jogo do Galo (dia 3), contra o Ubiratan, o clube será desclassificado e desfiliado da Federação.
As punições são resultados das brigas em Coxim, no último dia 29 de setembro, no estádio André Borges e no Morenão, no dia 13 deste mês, contra o Ubiratan.
Toni Vieira, presidente do Galo se diz perseguido pela FFMS. Ele também culpa a torcida Mancha Verde pela confusão que gerou maior parte da punição. Vamos pensar ainda no que fazer. Essa perseguição acontece desde 2007, não querem que o futebol desenvolva. No Campeonato Brasileiro, Corinthians e Vasco pegaram gancho de quatro jogos pela briga, num campeonato de Série A. Ou seja mostra como o TJD não vive a realidade, respondeu Toni.
O presidente lembra que da briga entre torcedores em Coxim, ele avisou o presidente do clube da cidade, Antonio Mascarenhas Cardoso que torcedores do Operário iriam para o jogo e que seria necessária a divisão da torcida e banheiros separados. Nosso torcedor foi ao banheiro e foi agredido ficando desacordado, aí começou a confusão, nem ambulância tinha no estádio e o Coxim não foi punido, reclamou Vieira. Vale lembrar que o Coxim também foi punido pela confusão nos mesmos R$ 3 mil aplicados ao Operário.
Da confusão contra o Ubiratan, no último dia 13, Toni lembra que ela foi gerada pela torcida organizada da Mancha Verde. Ele lembra que entrou em contato com a direção do Ubiratan para saber se torcedores viriam de Dourados e a resposta foi negativa. Sempre entro em contato com o time visitante, pois separamos a torcida através do setor, eles ficam nas cadeiras. Como a resposta foi negativa, não precisou. Esses torcedores que brigaram são da Mancha Verde, que pagaram ingresso e estavam misturados com o resto, ressaltou Vieira.
Diretoria e torcida estão planejando um protesto contra as decisões julgadas pelos auditores Paulo Essir Simioli (Presidente de mesa), Gabriel Cassiano, Erico Fathi e Thiago de Oliveira. Elieze Carvalho não compareceu, mas teve a falta justificada.
A presidente do TJD, Celina Guimarães lembra que o alvinegro tem até 48 horas em dias uteis para pagar a multa e três dias corridos para recorrer da decisão, ou seja segunda-feira (28) é o data limite para o clube tentar reverter a situação. Eles precisam pedir o efeito suspensivo até segunda, para tentar reverter este quadro. Assim que protocolado o pedido do recurso a multa é suspensa até o próximo julgamento, explica Celina.
Ubiratan absolvido - Denunciado no artigo 213 inciso 2 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o Ubiratan foi absolvido com unanimidade. O advogado Luiz Adriano Machado Metello Junior representou o time douradense com várias provas que ausentaram o Ubiratan de quaisquer culpa durante a briga entre torcedores no clássico contra o Operário. Várias imagens fotográficas e um vídeo do site Exportiva foram usados para a defesa.
O Ubiratan estava sendo julgado no item caso de desordem, invasão ou lançamento de objeto seja feito pela torcida da entidade adversária, tanto a entidade mandante como a entidade adversária serão puníveis, mas somente quando comprovado que também contribuíram para o fato.
Neste fim de semana acontece a penúltima rodada da segunda fase. No sábado, o já sem chances Coxim recebe o Ubiratan no André Borges.
No mesmo dia, às 18 horas, o Guaicurus recebe o Costa Rica no Morenão. Neste grupo todos clubes ainda tem chances.
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