Nos próximos meses três cidades-sedes da Copa do Mundo 2014 vão derrubar obras de mobilidade urbana previstas na matriz de responsabilidade. Motivo: faltará tempo para concluí-las.
Essa foi uma das notícias que deixou o deputado Romário (PSB-RJ) indignado ao sair de encontro com o presidente do Tribunal de Contas da União, Benjamin Zynler e com o relator do assunto Copa, ministro Valmir Campelo, hoje à tarde. Os ministros não revelaram quais as cidades serão atingidas pelos cortes.
Eu já sabia que não teria boas notícias nesse encontro com os ministros do TCU, mas essa é a pior de todas, porque é justamente no setor de mobilidade urbana, é o que ficaria de legado para a população, protestou o deputado.
Desgaste
Segundo Romário, os ministros estão convencidos de que o governo terá que enfrentar esse desgaste político de cancelar obras, pois será pior iniciar um projeto, gastar recursos e na concluí-los.
Valmir Campelo disse que o quadro é pior do que se pensa. Por exemplo, agora há certeza de que sem dinheiro público não realizaríamos a Copa.
Isso e exatamente o contrário do que discursou o presidente Lula, antes de deixar o governo, de que essa seria a Copa da Iniciativa privada .
Os ministros também informaram que muitos termos aditivos incluídos nos projetos da Copa ocorreram por influência da Fifa, contribuindo para aumentar significativamente o valor dos projetos originais.
Ela (Fifa) tem parcela de culpa no aumento dos gastos públicos, disse Romário, repetindo as informações que ouviu do presidente do TCU.
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