A Fórmula 1 confirmou, na sexta-feira (14), uma série de mudanças no calendário das próximas provas, começando com o adiamento do Grande Prêmio da Turquia, que estava marcado para dia 13 de junho.
Como o país entrou na lista vermelha do Reino Unido por conta do aumento de casos de Covid-19, isso inviabilizou a prova e gerou um efeito cascata: o GP da França foi adiantado em uma semana e agora vai acontecer dia 20 de junho, e serão realizadas duas provas na Áustria, nos dois finais de semana seguintes.
Toda essa manobra tem um objetivo claro: manter a expectativa de um calendário com 23 corridas no ano. Isso porque as provas são uma grande fonte de renda para a categoria, além de haver obrigações comerciais com os detentores dos direitos de TV.
A avaliação da Fórmula 1 é de que todos os esforços para não perder datas neste momento do campeonato é importante, já que há várias provas da segunda metade do calendário cujas realizações não estão 100% confirmadas.
Estas provas são as que acontecem fora do continente europeu ou do Oriente Médio e que, por conta disso, representam um gasto muito mais significativo para a F1.
Para estes eventos -Japão, Singapura, Austrália, EUA, México e Brasil- é mais importante que haja a presença de público para que os promotores possam pagar as taxas acordadas com a categoria.
No momento, a prova norte-americana é vista como praticamente certa, devido à situação da pandemia e da vacinação no país, e existe a possibilidade, inclusive, de o país receber mais de uma prova. Há dúvidas, porém, em relação a todas as demais provas, que já tiveram de ser canceladas no ano passado.
Neste contexto, a Turquia aparece como uma substituta ainda provável, e por isso o GP foi adiado e não cancelado. O circuito turco já tinha entrado no calendário como reserva, depois do cancelamento do GP do Canadá, que tinha, originalmente, a data de 13 de junho.
A ideia inicial da F1 era substituir a etapa canadense por alguma prova na Europa, possivelmente na Alemanha, mas a preferência foi dada à Turquia pela facilidade de deslocamento a partir da etapa anterior, no Azerbaijão, que segue confirmada.
A situação da etapa turca se complicou depois que o país foi adicionado à lista vermelha do Reino Unido, que é a base de sete das dez equipes do grid. Isso significa que as viagens ao país devem ser evitadas ao máximo e, na volta, quem tiver estado por lá é obrigado a ficar em quarentena em um hotel designado pelo governo por dez dias.
No momento, o Brasil também está na lista vermelha do Reino Unido, e, assim como no caso do cenário turco, a expectativa da F1 é de que essa situação mude nos próximos meses. Ou seja, nada impede que a Turquia seja usada novamente como substituta de alguma prova na segunda metade do ano.
Outra pista que pode ser utilizada caso alguma outra prova seja cancelada é a do Bahrein, que já abrigou a etapa de abertura, em março.
Com essas mudanças, o campeonato terá sua primeira rodada tripla antes do esperado: o GP da França, no dia 20 de junho, será seguido por duas corridas na Áustria, nos dias 27 de junho e 4 de julho -esta última era a data original do GP austríaco.
No ano passado, a temporada começou justamente com duas corridas no Red Bull Ring, que, apesar de serem disputadas com a mesma configuração de circuito, acabaram sendo diferentes pela chuva que caiu na classificação.
Em relação à presença de público, os promotores do GP da França informaram que a venda de ingressos continua, mas sempre com a ressalva de que a decisão final vai depender das determinações do governo em uma data mais próxima à corrida.
A próxima etapa da F1 será no dia 23 de maio, em Mônaco, com a presença de 7.500 pessoas nas arquibancadas, ou seja, com a capacidade bastante reduzida. Será a primeira vez desde o início da pandemia que a categoria vai correr em um circuito de rua.
Fonte - Folhapress
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