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12/12/2025 às 17:00, Atualizado em 12/12/2025 às 14:51

CBF não mudará regras para gramados sintéticos em 2026

Cinco times que disputarão a Série A do Brasileirão na próxima temporada jogam em campos majoritariamente artificiais

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Divulgação

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu manter as regras atuais sobre as condições dos campos no futebol nacional, que permitem o uso de gramados sintéticos.

A entidade optou por continuar com o regulamento atual após a realização do Conselho Técnico nesta quinta-feira (11), conforme apurado pela reportagem do Portal iG.

Na última terça-feira (09), o Flamengo protocolou uma proposta à CBF para a padronização e melhoria dos gramados utilizados no país. A oferta foi nomeada "Programa de Avaliação e Monitoramento da Qualidade de Gramados do Futebol Brasileiro".

Durante a festa de celebração do Campeonato Brasileiro, Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, protestou contra o uso de campos artificiais no esporte.

"Nós temos feito uma campanha conta o 'gramado de plástico'. Ano que vem serão 18 estádios, seis de plástico. Não tem nenhum desses na Europa, na América do Sul. Ficam pegando ideia de países que têm 10 meses por ano de gelo, se não tiver um campo desse não joga futebol. No meu ponto de vista, é uma vergonha que se aceite isso no Brasil", iniciou Bap.

"Vamos trabalhar abertamente contra isso, não só padronização, mas campo de plástico não. A posição do Flamengo é essa. Quem pensa em ganhar dinheiro fazendo shows devia trocar de negócio, sai do futebol e vai viver de show business, não tem problema. Mas achar que futebol precisa de campo de plástico porque vai fazer show, definitivamente a gente não concorda com isso", completou o mandatário carioca.

Em resposta à manifestação rubro-negra, Palmeiras, Athletico-PR, Atlético-MG, Chapecoense e Botafogo, clubes da Série A de 2026 que usam o gramado sintético, publicaram uma nota oficial, em conjunto, defendendo a prática (confira o pronunciamento abaixo).

"Diante das recentes declarações públicas sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirmam sua posição em defesa dessa tecnologia, adotada de forma responsável, regulamentada e alinhada às melhores práticas internacionais.

Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada.

Também reiteramos que um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país.

É igualmente importante esclarecer que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões provocado pelos gramados sintéticos modernos.

O tema da qualidade dos gramados é legítimo, saudável e necessário. Porém, deve ser conduzido com responsabilidade, dados objetivos e conhecimento técnico, e não com narrativas que distorcem a realidade, desinformam o público e desconsideram a complexidade do assunto."

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